Com o aumento da exploração de combustíveis fósseis no país, cresce cada vez mais a demanda por tecnólogos em petróleo e gás.
O Brasil desenvolveu tecnologia para a exploração viável de petróleo e gás na camada de pré-sal, localizada em águas profundas (entre cinco mil e sete mil metros abaixo do nível do mar). Isto ampliou bastante as perspectivas de trabalho na área e diversas instituições de nível superior abriram cursos para formação de tecnólogos em petróleo e gás, especialmente em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, principais Estados produtores do país.
Tecnólogo em Petróleo e Gás
O tecnólogo em petróleo e gás trabalha no gerenciamento da prospecção, produção, refino e comercialização destes combustíveis e, portanto, têm oportunidade de trabalho na iniciativa pública e privada: são petroleiros, plataformas, mineradoras, refinarias e no setor de serviços. Além disto, pode atuar na consultoria jurídica e ambiental e administrar situações de emergência, como acidentes de trabalho.
Como todos os cursos de graduação tecnológica, o de tecnólogo em petróleo e gás é bastante rápido, geralmente de quatro a seis semestres, a formação é bastante objetiva; não visa ao bacharelado nem à licenciatura, apesar de permitir a continuidade dos estudos acadêmicos em especializações e pós-graduações.
Para trabalhar com logística e na pesquisa de preços no mercado internacional, é muito importante que o estudante adquira fluência em inglês. Mesmo em empresas nacionais, até a comunicação interna é feita neste idioma.
As disciplinas do curso de petróleo e gás atingem diversas áreas: matemática, física, química, informática e geologia formam o núcleo central da formação, que é complementada pelo estudo de fontes alternativas de energia, técnicas de exploração, refino, estocagem e transporte dos combustíveis. A questão ambiental é também um ponto importante. Em geral, os cursos contemplam aspectos administrativos e de planejamento.
Quem pretende trabalhar nesta área precisa estar pronto para uma qualificação contínua, uma vez que os equipamentos e tecnologias para a produção de petróleo e gás estão sempre sendo renovados, visando à maior eficiência e à redução dos impactos ao meio ambiente.
De acordo com o CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia –, o salário inicial de um tecnólogo em petróleo e gás gira em torno de R$ 2.500 mensais. Os rendimentos, no entanto, podem ser bem mais altos. O único Estado brasileiro que já conta com tecnologia relativamente bem desenvolvida é o Rio de Janeiro, que acaba exportando profissionais para outros locais de prospecção e produção, fato que eleva a média salarial. Em grandes companhias, o salário de um gerente geral de petróleo e gás ultrapassa os R$ 70.000.