No Brasil, a profissão de tecnólogo em administração é regulamentada desde 1978.
Os cursos de administração são os mais procurados pelos estudantes brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2010, 13% do total de calouros optaram pelo bacharelado tradicional, enquanto outros 5% matricularam-se em cursos para formação de tecnólogos em administração.
Tecnólogo em Administração
Enquanto o bacharelado propõe uma formação generalista, com ênfase na análise da teoria geral da administração, o curso para formação do tecnólogo em administração tem foco nos aspectos práticos da profissão, o que permite a conclusão num prazo menor: geralmente, em quatro semestres (a metade do bacharelado).
Muitas faculdades oferecem cursos específicos na área de negócios, como marketing, logística, gestão de recursos humanos, administração financeira, etc. Outras, mesmo mantendo a denominação “tecnólogo em administração”, focam o curso numa área determinada; por isto, antes de prestar o vestibular, é preciso avaliar a grade curricular, para verificar a proposta da instituição de ensino.
Em geral, os tecnólogos em administração atuam em pequenas empresas ou como assistentes, enquanto os administradores podem gerir departamentos ou mesmo assumir a direção de médias e grandes empresas. Mesmo assim, a graduação tecnológica vale a pena, porque permite a obtenção de um título universitário mais rapidamente e o estudante pode aprofundar seus conhecimentos num MBA ou num segundo curso.
Os concluintes do curso podem se registrar no Conselho Federal de Administração (CFA) e nos respectivos conselhos regionais. Isto garante maior estabilidade à profissão, já que a legislação sobre a atuação do tecnólogo em administração ainda não havia sido definida pelo Congresso Nacional e o Ministério do Trabalho; uma portaria normativa do CFA de 2009 definiu esta situação.
Existem opções presenciais e a distância para quem quer se tornar um tecnólogo em administração. Nas faculdades que oferecem formação mais ampla, os alunos estudam técnicas de marketing, organização de recursos humanos, finanças, gestão de capital, planejamento tributário, direito empresarial, ética nas organizações e na concorrência, comportamento empresarial, estratégias de produção, logística, matemática, estatística e informática.
Confira também:
- Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
- Curso de Auxiliar Administrativo
- Assistente Administrativo – O que faz, BCO e Piso Salarial
Mas existem diversos cursos específicos, além dos já citados: segurança privada, comércio exterior, administração rural, legislativa e pública, seguros, gestão ambiental, hospitalar, comercial, financeira, da produção, da qualidade, de transportes, de eventos, desportiva e de lazer, processos gerenciais, negócios imobiliários e secretariado. Estes são indicados para quem precisa ir “direto ao ponto”: profissionais que atuam na área e desejam ampliar seus conhecimentos e oportunidades de trabalho.
Antes de se inscrever no vestibular, é preciso verificar a situação da instituição de ensino junto ao Ministério da Educação (MEC). O curso precisa ser autorizado ou reconhecido (o que ocorre com a formação da primeira turma). A nota obtida no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) também é um instrumento importante para avaliar a qualidade de ensino.