Em termos astronômicos, o solstício ocorre na instância em que o Sol, em seu movimento na esfera celeste, chega ai seu maior grau de declinação em latitude, que é medida a partir da linha do equador. O fenômeno do solstício acontece duas vezes por ano, nos meses de dezembro e junho. O dia e o horário exato em que acontece o fenômeno do solstício variam de um ano para o outro. Quando ocorre na estação verão, há o solstício de verão, período do ano em que o dia é o mais longo, já quando ocorre na estação do inverno, há o solstício de inverno, nesse caso, a duração a noite é a mais extensa do ano.
Solstício de Inverno
Em linhas gerais, os solstícios são a iluminação da Terra pelo Sol tanto no hemisfério norte, quanto no hemisfério sul, em épocas diferentes do ano. Ao passo que no lado norte da terra, o chamado solstício de verão se dá por volta do dia vinte e um de junho, o solstício de inverno ocorre cerca de vinte e um de dezembro. No lado sul do planeta, o fenômeno é simétrico, ou seja, o solstício de verão se dá em dezembro e o solstício de inverno em junho, exatamente ao contrário do outro polo.
Os solstícios são marcadores das mudanças de estações do ano na terra. Além de definirem, em sua função, o trópico de Câncer e o de Capricórnio, uma vez que durante o solstício de verão do hemisfério sul, os raios de Sol batem perpendicularmente na superfície da Terra delimitando o Trópico de Capricórnio, já no hemisfério norte, há o mesmo efeito durante o solstício de verão, definindo o Trópico de Câncer.
Embora os solstícios de inverno e de verão sejam fenômenos da alçada astronômica e científica, os fenômenos fazem parte de celebrações culturais de muitos povos no decorrer dos tempos. O solstício de inverno, por exemplo, é o cerne de festejo em várias culturas pagãs desde os tempos ancestrais, dando início a comemorações religiosas como o Natal.
Durante o menor dia do ano, ou seja, no solstício de inverno, em que os dias começam a crescer e a luz prevalece sobre as forças da escuridão. Já na mitologia hindu e persa, o solstício de inverno marcava o culto às dinvidades de Mitra como símbolo da força e vitória do Sol.
Desse modo, além de marcar o início da estação do inverno, o solstício de inverno torna-se, então, símbolo da passagem do nascimento ou do renascimento nas mais diversas culturas pagãs, evoluindo para a celebração cristã do Natal no fim de ano.