No dia a dia sempre corrido, nem sempre temos tempo para resolver as pendências. É a hora de chamar um despachante.
Um despachante documentalista atua em órgãos municipais, estaduais e federais, agilizando a expedição de documentos, desde que não haja a exigência legal de outro profissional (como um advogado, por exemplo).
Profissão de Despachante
A contratação de um profissional é especialmente requerida para a expedição de documentos junto a órgãos públicos, como os DETRANs. Neste caso, é necessária a contratação de um despachante de trânsito, especializado na documentação dos veículos.
Para desenvolver esta carreira, é preciso ter o nível médio de ensino e credenciamento no conselho federal ou nos órgãos estaduais de trânsito (nas unidades da federação onde haja legislação específica, como é o caso de Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, e também do Distrito Federal).
Alguns Estados selecionam os despachantes através de concursos públicos. Existem vários cursos livres para quem deseja se tornar um despachante.
A burocracia
O Brasil sempre foi conhecido pelo excesso de burocracia. Cópias, registros, autenticações, formulários e filas estão envolvidos em atividades administrativas importantes e consomem tempo e dinheiro. Erros e atrasos nestas diligências podem gerar multas, juros e mesmo a cassação de licenças.
Diante deste cenário – e não existe nenhum projeto de reforma administrativa ou legislativa – surgem muitas oportunidades para quem se especializa na profissão de despachante, que pode inclusive trabalhar online, pela internet, sem necessidade de contatos físicos ou telefônicos.
As especialidades
O despachante documentalista teve a profissão regulamentada em 2002 (o decreto nº 646/2002 criou o conselho federal e os conselhos estaduais). Trata-se de um profissional especializado na documentação dos veículos. É comum e exercício das funções nos próprios DETRANs.
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O trabalho é basicamente lidar com a parte burocrática envolvida da liberação de documentos. Função semelhante é desenvolvida pelo despachante de trânsito, mas este trabalha exclusivamente com pessoas físicas, tratando de documentos como emplacamentos, vistorias, segunda via do certificado de registro e licenciamento (CRLV), transferências, pagamentos de impostos, multas e taxas, seguros, indenizações, etc.
O despachante aduaneiro (profissão regulamentada em 1992) tem como função cuidar da documentação nas alfândegas, lidando com atividades relativas a viagens e comércio exterior. A principal função é formular a declaração aduaneira (importação e exportação).
Para atuar, é preciso ter seis meses de experiência como auxiliar aduaneiro e credenciar-se no SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior. A solicitação deve ser feita na sede da Secretaria da Receita Federal.
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Todas as empresas de importação e exportação contam com os serviços de pelo menos um despachante aduaneiro, enviando produtos para fora do país ou desembaraçando itens remetidos do exterior.
A concorrência
A utilização de tecnologias de informação e comunicação tem tirado muitos clientes dos despachantes brasileiros. Concessionárias de automóveis promovem serviços gratuitos, como o licenciamento (para modelos novos). Além disto, muitos órgãos federais, estaduais e municipais facilitam a organização de pessoas físicas e jurídicas, que podem solicitar documentações em ambiente virtual.
Escritórios de contabilidade e contadores autônomos prestam serviços junto aos órgãos públicos de registro e arrecadação.
Este fato, no entanto, pode ser usado em favor dos profissionais da área. Montando um site, é possível economizar, por exemplo, no aluguel de uma sala comercial. O importante é que o despachante conquiste alguns clientes, preste bons serviços e se mantenha sempre atualizado.
