Especialização da comunicação, o jornalismo de moda atua em várias frentes.
O jornalismo de moda engloba toda a comunicação do mundo fashion. O profissional pode trabalhar como repórter, produtor, editor ou assessor de imprensa, não apenas nas diversas mídias – TV, rádio, internet, revistas e jornais – mas também na indústria, desde a fiação e tecelagem até as empresas de varejo (de roupas e acessórios), passando pelo estilismo, modelagem e confecção.
De acordo com a legislação brasileira, não é necessária a graduação no curso de jornalismo para exercer a profissão. Basta uma boa formação geral, interesse em pesquisar e divulgar informações de interesse público, senso crítico e capacidade de expressão, tanto verbal como escrita. Especializar-se em jornalismo de moda, no entanto, exige sensibilidade, sintonia com as tendências, conhecimento técnico e domínio da história da arte, já que a moda é sempre um reflexo da cultura em que estamos inseridos.
Jornalismo de Moda
No entanto, a formação acadêmica não deve ser desprezada. Mesmo que a vocação para o mercado da moda tenha despertado depois de iniciada a faculdade, o candidato a trabalhar na área deve procurar cursos de técnicas de jornalismo, as características da notícia, a abordagem nos diferentes veículos de comunicação, crítica jornalística, história da moda, os diferentes estilos, os perfis do público (masculino, feminino, teen, noivas, etc.), a cobertura de grandes eventos, como desfiles e lançamentos de coleções, etc.
Existem cursos rápidos, inclusive online, que apresentam um panorama geral do universo fashion, úteis inclusive para quem quer conhecer o mercado e confirmar se esta é realmente a sua “praia”. A melhor opção, no entanto, é uma especialização ou extensão universitária, para aprofundar os conhecimentos na área. E o mais importante: estar sempre atento às tendências e novidades. A moda, por definição, está em constante transformação. O que é “in” hoje pode ser completamente “out” em poucos meses.
O jornalista de moda deve ser imparcial e não pode usar suas preferências como referência para desenvolver seus artigos. No momento de analisar uma coleção, o estilo próprio e as cores prediletas não devem pesar no cômputo geral, mesmo porque a moda é destinada a todo um segmento, não apenas a uma pessoa.
A moda não se restringe apenas a roupas e acessórios. O jornalista que cobre um evento deste tipo precisa estar atento também aos estilistas, modelos, “formadores de opinião” e artistas que frequentam as passarelas e seus bastidores. Em algumas ocasiões, um desfile insosso, sem grandes novidades, pode abrigar “fatos e fotos” de famosos, intrigas, revelações.
Por fim, quem pensa no glamour do mundo da moda como fator prioritário para se dedicar à área pode desistir: os poucos minutos na passarela exigem muito trabalho e dedicação. Como em qualquer profissão na qual a criatividade e originalidade são fundamentais, o jornalismo de moda exige “10% de inspiração e 90% de transpiração”.