Cada vez mais, portadores de deficiência ingressam no mercado. O intérprete de Libras se torna cada vez mais necessário.
De acordo com a lei de inclusão de deficientes no mercado de trabalho (lei federal 8.213/1991), empresas com 200 empregados ou mais estão obrigadas a contratar entre 2% e 5% de pessoas com necessidades especiais. Surdos e surdos-mudos estão incluídos neste contingente e, assim, o intérprete de Libras é o elo necessário para a plena integração deste pessoal.
Para conversar com o chefe ou participar de reuniões, um deficiente auditivo demanda a presença de alguém que possa entender sua colocações e traduzi-las para os “falantes”. Neste momento, surge o intérprete de Libras, já presente nas escolas e faculdades e também nos órgãos públicos e nas grandes redes varejistas. No Brasil, há mais de 9,7 milhões de pessoas nesta condição – que são trabalhadores, estudantes e consumidores e representam pouco mais de 5% da população do país.
Libras é a Linguagem Brasileira de Sinais. O intérprete de Libras é uma profissão regulamentada desde 2010. A legislação define o profissional como aquele que pode atuar na acessibilidade ao emprego, à escolarização e à consulta a serviços públicos. O interprete de Libras é capaz de mediar o diálogo entre deficientes auditivos e ouvintes. Pode atuar também na apresentação de peças culturais, como apresentações de teatro, musicais e cinematográficas.
O Mercado de Trabalho para Intérprete de Libras
Especialistas em RH afirmam que não falta emprego para os intérpretes de Libras. Quem domina a linguagem – que, ao contrário do que se possa pensar, é específica para cada idioma do planeta – pode trabalhar em empresas, escolas e quaisquer situações sociais em que seja necessária a interação e inclusão de pessoas com deficiência.
A regulamentação, através da lei 12.319-2010, acarretou vários avanços e é uma conquista da comunidade surda. Mesmo assim, a figura do intérprete de Libras como profissional, por ser relativamente recente, demanda ainda muitos esforços para o fortalecimento da categoria.
A formação pode passar por um curso técnico (de nível médio, no eixo tecnológico “desenvolvimento social e educacional”), graduação (bacharelado e licenciatura) ou especialização universitária (por exemplo, em Pedagogia, Linguística ou Letras). Para a formação de professores e profissionais de educação, é obrigatório, desde 2005, o aproveitamento da disciplina “Língua de Sinais”.
Quem tem colegas deficientes auditivos ou convive em casa com pessoas nesta condição pode optar por cursos livres, inclusive online. O site YouTube apresenta vários vídeos para quem quer se comunicar por sinais.
Para trabalhar como intérprete de Libras, é preciso submeter-se ao exame Prolibras, aplicado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos, vinculado ao Ministério da Educação. O Prolibras emite os certificados de proficiência no ensino de língua brasileira de sinais e proficiência na tradução e interpretação de Libras, necessário para atuar profissionalmente.