Um dos principais problemas de saúde publica, a gravidez na adolescência pode representar sérios prejuízos à jovem.
A adolescência geralmente é uma fase bastante conturbada, em função das muitas descobertas que ocorrem neste período, entre os 12 e 19 anos: autonomia, amizades, namoro, iniciação sexual. Muitos jovens crescem sem orientação adequada por parte dos pais e da escola e este é um dos principais motivos da gravidez na adolescência, episódio traumático que pode gerar sequelas físicas e emocionais, tanto para o bebê, quanto para a mãe.
Uma jovem em desenvolvimento não está preparada fisicamente para ser mãe, o que pode acarretar dificuldades na gravidez e parto, além de implicar maiores riscos de má-formação genética e de aborto espontâneo. Igualmente, quase nunca está em condições psicológicas para gerar, nutrir e cuidar de um bebê.
Gravidez na Adolescência – Resumo
Em muitos casos, o pai também é um adolescente, um namoradinho eventual, que em muitos casos procura se eximir das suas responsabilidades, por vezes com o apoio dos pais. Felizmente, este é um problema menor, já que um simples exame de DNA pode confirmar a paternidade e, nestes casos, o reconhecimento é obrigatório.
Em alguns casos, o jovem par assume a gravidez e fazem planos para o futuro. No entanto, as probabilidades de êxito nestes relacionamentos são quase nulas. Durante a gestação, já começam os problemas: afinal, são praticamente duas crianças esperando um bebê. A constituição da família envolve afeto, respeito, identidade de sonhos, estabilidade financeira, e o jovem casal não constituiu nada disso.
No Brasil, a gravidez na adolescência tem se reduzido ano a ano, mas os números continuam elevados. De acordo com o último recenseamento realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – o total de partos de meninas entre 10 e 19 anos, de cerca de 680 mil no ano 2000, caiu para pouco menos de 450 mil em 2009, uma redução de 35% na primeira década do século XXI.
O motivo pode estar nas ações governamentais para promover a educação sexual nas escolas públicas, política que enfrenta forte resistência dos lobbies religiosos. Os serviços de distribuição de preservativos registrou um aumento de pouco mais de 21% no mesmo período.
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Mesmo assim, são 450 mil crianças que têm como mães meninas e jovens que deveriam estar estudando e cuidando do seu futuro. A gravidez na adolescência é uma das principais causas de evasão escolar, que é bastante alta no Brasil: 10% do total de alunos que se matriculam no 1º ano não completam o ensino fundamental. É a maior taxa do Mercosul – o Mercado Comum do Sul.
Os efeitos da gravidez não planejada podem afetar negativamente não apenas a jovem, mas toda a família. A chegada de um bebê envolve custos extras, que desequilibram as contas domésticas. Além disto, as discussões são muito comuns e a autoestima da mãe, quando é acusada de imoralidade e obscenidade, prejudicando o desenvolvimento adequado da gestação.
É urgente a adoção de políticas de orientação sexual – com explicações objetivas e francas sobre sexo, contracepção, DSTs e AIDS – em todas as esferas de poder e também o combate à hipocrisia: jovens de 11 ou 12 anos, biologicamente, já estão prontos para conceber um filho, e os desejos são naturais.
Gravidez na adolescencia, mt bom o artigo. parabéns