Há bacharelados e graduações tecnológicas. O profissional de Gestão Ambiental administra o uso dos recursos naturais.
Empregando diversas técnicas, o profissional de Gestão Ambiental racionaliza a utilização de recursos naturais renováveis e não renováveis. A preocupação com o meio ambiente está na pauta de todas as empresas, governos e mesmo das famílias. Com isto, o gestor ambiental é convocado para trabalhar tanto no setor público quanto no privado, em zonas urbanas e rurais.
A indústria também é um bom mercado de trabalho para estes profissionais: a adoção de métodos para combater ou minimizar a poluição do ar, água e solo, gerada durante o processo produtivo, reduz custos e confere responsabilidade à empresa.
O profissional de Gestão Ambiental realiza análises em diversos materiais e, com os dados obtidos, traça estratégias para reduzir o impacto da ação do homem sobre a natureza (inclusive em propostas para recuperação de áreas degradadas). Ele também pode se responsabilizar pela implantação de projetos de educação ambiental e programas de diminuição de desperdícios, como os “5R”: reduzir, reutilizar, reciclar, recusar e refletir.
Mercado de Trabalho em Gestão Ambiental
Ainda falta muito para que consigamos atingir uma “consciência ecológica”, mas muito já foi feito nos últimos 40 anos. Diversos consumidores recusam embalagens sofisticadas, reduzem o uso de sacolas plásticas e dão preferência a produtos vendidos a granel.
A necessidade de cuidar do planeta é urgente. O dia 20 de Agosto de 2013 foi o Dia da Terra Sobrecarregada, em que a humanidade passou a consumir, em pouco mais de sete meses, mais do que a Terra é capaz de repor. Em 2014, a data recuou um dia. A legislação tem ficado mais exigente, apesar de a fiscalização ainda ficar a desejar.
Neste cenário, o profissional de Gestão Ambiental encontra emprego no setor privado, em cooperativas, fazendas, ONGs, etc. O mercado de trabalho, no entanto, é bem mais amplo: secretarias do meio ambiente e de obras precisam deste gestor para definir, implantar e fiscalizar as políticas públicas. Como sempre, a demanda é maior das regiões Sul e Sudeste, mas existem vários programas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste em que é possível ao gestor ambiental desenvolver as suas ações.
Cursos na Área de Gestão Ambiental
Há poucos bacharelados de Gestão Ambiental no Brasil. Os mais bem avaliados são: USP de Piracicaba (SP), UnB (Planaltina, DF), UERN (Mossoró, RN), UFGD (Dourados, MS), Unipampa (São Gabriel, RS) e UFSCAR (São Carlos, SP). Nesta última instituição, o curso recebe o nome de Gestão e Análise Ambiental.
O currículo engloba as ciências da natureza, com aulas de Química, Física, Biologia, Meteorologia e Geologia, além de disciplinas específicas, como Meio Ambiente e Sociedade, Gestão e Tratamento de Emissões Atmosféricas, Tratamento de Lixo, Economia do Meio Ambiente, etc. O curso tem duração de quatro anos, sendo facultativo aos alunos cursar, nos dois anos seguintes, Engenharia Sanitária e Ambiental, obtendo assim um segundo diploma de nível superior.
A graduação tecnológica em Gestão Ambiental é cursada em dois anos. Os alunos estudam Ecologia, Educação Ambiental, Saneamento e Planejamento Urbano. Nos laboratórios, aprendem disciplinas como Física, Química e Biologia. Em campo, desenvolvem projetos para recuperação de áreas degradadas e análise de problemas ambientais.
Tanto nos bacharelados, quanto nas graduações tecnológicas, são exigidos o cumprimento do estágio supervisionado e a apresentação de um trabalho de conclusão de curso. Gestão Ambiental ainda não é uma profissão reconhecida (o curso mais antigo é o da USP, organizado apenas em 2002). Por isto, ela se confunde com Biologia ou Agronomia. Estes profissionais têm formação técnica, mas não são qualificados para a administração.