Primeiro de tudo temos que deixar claro que esse é um artigo INFORMATIVO, não vamos aqui te indicar kits milagrosos de emagrecimento, receitas médicas de remédios para emagrecer, nem aconselhar dietas prejudiciais a saúde.
Não tem jeito. Não existem fórmulas mágicas para emagrecer. A reeducação alimentar é a única forma de reduzir os quilos extras e manter forma. Uma dieta saudável, no entanto, não implica apenas bons hábitos alimentares. É preciso incluir exercícios físicos na rotina diária – que podem resumir-se a três caminhadas semanais de meia hora.
O sobrepeso e a obesidade não são apenas problemas estéticos. Certamente, a “barriguinha de chope” e os culotes exagerados nas mulheres conferem um aspecto ruim, mas a questão principal não é esta. O excesso de peso está relacionado a diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão arterial, prejudicando a qualidade de vida no médio e longo prazos.
Como saber o peso ideal
As orientações de um gastroenterologista e um nutricionista são muito importantes. Gordinhos dificilmente conseguem obter um “shape” totalmente magro, como está na moda (que também não é saudável), mas podem reduzir suas medidas. De início, é preciso conscientizar-se de que se aproximar-se do peso ideal, calculado de acordo com o índice de massa corporal (IMC), é uma questão de saúde e qualidade de vida.
O IMC para adultos é calculado da seguinte forma: divide-se o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (1,70 X 1,70, por exemplo). Na tabela seguinte, pode-se verificar quem precisa emagrecer – ou engordar, já que a magreza exagerada causa danos ao sistema imunológico e permite a instalação de várias infecções.
Menos de 18,5 | Abaixo do peso ideal
Entre 18,5 e 24,9 | Peso normal
Entre 25,0 e 29,9 | Acima do peso (sobrepeso)
Entre 30,0 e 34,9 | Obesidade grau 1
Entre 35,0 e 39,9 | Obesidade grau 2
40,0 e acima | Obesidade grau 3
Por onde começar sua dieta saudável?
Quem pretende emagrecer deve começar adotando práticas simples. Nada de recorrer à dieta do alface, do iogurte, e até a um regime atribuído a Chico Xavier, pretensamente atribuído a espíritos e nunca admitido pelo médium morto em 2002. O primeiro passo é identificar hábitos alimentares e verificar o que contribui para o excesso de peso.
Doces, massas, carnes muito gordurosas são os principais vilões. Identificado o alimento (ou alimentos) que determina o sobrepeso, é preciso abster-se. Um jeito de fácil de conseguir isto é fazer várias refeições diárias, a cada três horas. Os lanches entre as refeições principais – café da manhã, almoço e jantar – devem resumir-se a uma fruta ou barra de cereais, que tem o adicional de favorecer o funcionamento dos intestinos: as fibras da barrinha ajudam o sistema digestório a funcionar com regularidade.
Muitas pessoas não tomam o café da manhã e “compensam” comendo demais no almoço. E aí está o problema. Exageram no prato e acabam comendo demais. O organismo não tem tempo suficiente para a digestão e acaba acumulando gorduras. Ao contrário do que se acredita, glicídeos (gorduras) não são ruins. O metabolismo humano os reduz a moléculas simples de glicose, substância fundamental para fornecer energia às células. No entanto, o excesso impede que o processamento pelo organismo, transformando-se em depósitos de gorduras sob os músculos esqueléticos.
Para emagrecer, não é preciso passar fome, como muitos acreditam. Aliás, aumentar o número de refeições facilita a perda de peso, porque proporciona a sensação de saciedade e reduz a ocorrência de exageros.
Exercícios físicos são fundamentais para emagrecer
Quem está com excesso de peso pode optar por exercícios simples, como caminhar, nadar e pedalar. A escolha fica por conta das necessidades de cada um. São exercícios aeróbicos que queimam calorias e não exigem grandes técnicas, além de roupas confortáveis e tênis para passear.
A adoção de exercícios físicos estimula o cérebro a produzir endorfina, hormônio relacionado ao prazer e bem-estar. A substância física literalmente vicia, garantindo que o atleta continue treinando. Há casos isolados, no entanto, em que a prática se torna prejudicial à saúde: é o caso do overtraining (quando o atleta sente necessidade de uma carga maior de exercícios) e da vigorexia (quando tem uma percepção errada da própria imagem – um homem atlético pode julgar-se magro, por exemplo).
O acompanhamento de um educador físico e a avaliação médica são fundamentais para garantir que as atividades relacionadas ao emagrecimento favoreçam corpo e mente. Mesmo atividades simples, como caminhadas e pedaladas, precisam de orientação. A dieta alimentar e o ritmo e a frequência das práticas precisam ser ajustados às características físicas, idade e estado de saúde.