Nos próximos anos, o Brasil sediará vários eventos internacionais. Os imóveis podem sofrer especulação imobiliária.
O Brasil sediará, já neste ano, a Copa das Confederações, uma espécie de teste para a Copa do Mundo FIFA, que terá lugar em 2014. Dois anos depois, em 2016, o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos e todos estes eventos estão gerando uma série de obras, não apenas na construção e reforma de estádios e outros locais para a prática dos esportes (no caso do Rio de Janeiro), mas também para melhorar a infraestrutura e a mobilidade das cidades-sede. Isto está gerando especulação imobiliária no entorno de todos estes polos esportivos.
Especulação Imobiliária
Rio de Janeiro já sobre com a especulação imobiliária.
E não apenas neles. Os imóveis localizados em regiões que passam a ser servidas por trens do metrô, monotrilhos, etc. tendem a ser valorizados. Esta é uma boa notícia para proprietários de imóveis e também para investidores em fundos imobiliários, para os torcedores dos times brasileiros de futebol, que ganharão arenas modernas e confortáveis e, teoricamente, para todos os habitantes desses bairros, que ganham melhores serviços de transporte e de mobilidade urbana.
Os eventos esportivos são cobiçados pela maioria dos países não apenas pela atração de milhares de turistas para o país que os sedia, mas também por causa da visibilidade que conferem ao turismo. A Copa bem realizada certamente aumentará o fluxo de turistas para o Brasil, país com vocação natural para a hospitalidade.
“Imagina na Copa…”
Das 82 obras em aeroportos, portos e mobilidade urbana previstas em 2010, através do documento “Matriz de Responsabilidades”, assinado entre os governos estaduais e a União, apenas três estão com o orçamento e cronograma em dia. 21 delas simplesmente foram retiradas, por problemas técnicos e financeiros nos projetos, 25 vão custar muito mais do que o previsto inicialmente e 33 tiveram o projeto original alterado. Nestes três anos de trabalho, 28 obras foram incluídas na matriz, mas apenas sete já foram entregues.
Com isto, alguns investidores que se fiaram na competência pública para gerir a implantação destas obras provocaram especulação imobiliária nas sedes da Copa: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Fortaleza, Natal, Salvador, Brasília, Cuiabá e Recife.
Com várias obras descartadas, no entanto, a promessa de valorização virou fumaça, já que os investimentos federais previstos foram definidos exclusivamente para a Copa 2014; sem estes valores, os governos estaduais terão que repensar o planejamento financeiro, se quiserem instalar as obras pré-dimensionadas.
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Mesmo assim, especialistas entendem que os resultados finais da Copa, para o Brasil, serão positivos. A especulação imobiliária deve beneficiar especialmente quem investiu em terrenos próximos aos estádios, que também devem atrair novos negócios, aumentando o nível de emprego local. As obras de infraestrutura que efetivamente forem entregues beneficiarão diretamente a população destas cidades.