O uso de técnicas para melhorar a vida de pessoas, famílias e comunidades é o objetivo da Economia Doméstica.
Administrar os recursos financeiros para garantir o custeio das despesas com moradia, alimentação, transporte, lazer, saúde e educação de um indivíduo ou de um grupo de pessoas é o trabalho do profissional de economia doméstica. Trata-se de uma profissão de nível, regulamentada pelo Ministério da Educação em 1985, mas existem muitos cursos livres, inclusive a distância, para quem quer aprender a administrar as finanças pessoais e da família.
A atuação do economista doméstico está relacionada a uma função social: o desenvolvimento socioeconômico dos diversos grupos que compõem a sociedade. Quem se forma em economia doméstica trabalha nas áreas de alimentação, higiene e saúde, educação, lazer, direitos do consumidor, sempre relacionados a grupos e mesmo a empresas.
Economia Doméstica
O licenciado pode dar aulas nos níveis fundamental, médio e técnico de ensino, sobre temas de interesse da administração da vida familiar e de comunidades, deveres das empresas, etc. Cursando uma pós-graduação, pode seguir a carreira universitária, lecionando e pesquisando.
Atualmente, a maioria das vagas para profissionais de economia doméstica está nas zonas rurais das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Cooperativas agropecuárias que reúnem pequenos produtores demandam este profissional para o planejamento de suas atividades. Já nas escolas rurais, são oferecidas aulas sobre agricultura familiar, formas de geração de renda e organização familiar.
No entanto, muitas empresas urbanas vêm procurando estes profissionais. Hospitais, creches e escolas contratam economistas domésticos para organizar atividades do dia a dia que, mal administradas, provocam perdas financeiras.
O profissional pode se responsabilizar pelo controle de qualidade (reduzindo perdas no processo produtivo), pela administração do vestuário (lavagem, conservação e troca de uniformes, roupa de banho e cama, etc.) e pela elaboração de cardápios em hotéis, hospitais e refeitórios coletivos (em conjunto com nutricionistas, reduzindo desperdícios e garantindo as melhores técnicas de conservação, além de negociar com fornecedores).
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Bancos que trabalham com empréstimos populares também usam o economista doméstico para auxiliar as famílias endividadas no planejamento financeiro.
Na esfera pública (e também em organizações não governamentais de assistência social), o profissional de economia doméstica ajuda a levar informações para a população carente. É o emprego de técnicas simples de higiene, saúde da família, melhor aproveitamento de alimentos e vestuário, etc.
O curso superior de economia doméstica tem duração de oito semestres. Os alunos estudam economia familiar, cálculo, bioquímica, desenvolvimento infantil, gestão, nutrição e higiene, entre outras disciplinas. A carga horária mínima, determinada pelo MEC, é de 2.800 horas/aula. Os cursos mais bem avaliados estão nas universidades federais: Viçosa (MG), Rural do Rio de Janeiro (Seropédica), Ceará, Rural de Pernambuco e UNIOESTE (Francisco Beltrão, PR). O salário inicial gira em torno de R$ 1.200,00, segundo informações da UFRRJ.