Muitas pessoas pensam que é por indicações políticas, mas para se tornar um diplomata é preciso passar em concurso.
O concurso público para admissão de diplomatas (Concurso de Admissão à Carreira de Diplomatas – CACD) no Brasil é realizado desde 1946 pelo Instituto Rio Branco, que promove cursos de formação, aperfeiçoamento e altos estudos. Para se tornar um diplomata, é preciso cumprir os seguintes requisitos: ser graduado em qualquer curso de nível superior, ser brasileiro nato, ter no mínimo 18 anos (sem limite máximo de idade), estar em dia com as obrigações eleitorais e militares, estar no gozo dos direitos políticos e apresentar aptidão física e mental para o exercício do cargo, verificada através dos exames pré-admissionais.
A idade limite para a permanência nos cargos da carreira diplomática é de 70 anos. No caso de pessoas casadas com estrangeiros ou cujo cônjuge trabalhe para um governo estrangeiro, a inscrição no concurso será condicionada à autorização de posse pelo Ministério das Relações Exteriores. Os brasileiros com dupla nacionalidade podem concorrer normalmente.
Os candidatos a diplomatas podem ter concluído qualquer graduação (bacharelado ou tecnologia) reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), mas as humanidades estão mais relacionadas às atividades que serão exercidas (Direito, Administração, Sociologia, Ciência Política, História, Geografia, Relações Internacionais, Comunicação Social, Letras e Economia). Não é necessário estar registrado em qualquer conselho ou ordem de categorias profissionais.
Concurso para Diplomata
Para se tornar um diplomata, é preciso ser aprovado em um concurso que tem três fases. Na primeira etapa, os candidatos precisam responder a questões objetivas (de tipo “certo” e “errado”) de Língua Portuguesa, História do Brasil, História Mundial, Geografia, Política Internacional, Língua Inglesa, Economia e Direito.
Candidatos sem recursos aprovados na primeira fase são submetidos a uma banca examinadora e a uma entrevista técnica, que avalia as condições socioeconômicas. Existem programas de ação afirmativa, que contemplam as necessidades dos afrodescendentes.
Na segunda etapa, são aplicadas provas escritas de Língua Portuguesa. Na terceira, é a vez das provas escritas de História do Brasil, Geografia, Política Internacional, Língua Inglesa, Economia, Direito, Língua Espanhola e Língua Francesa. Todas as provas têm caráter eliminatório e classificatório.
A aprovação franqueia ao candidato o acesso à carreira de diplomata (no cargo de terceiro secretário) e a matricular-se no curso de formação do Instituto Rio Branco, em nível de mestrado profissional. O curso, de quatro semestres e realizado em período integral, versa sobre cerimonial e protocolo, desenvolvimento sustentável, diplomacia consular, comércio exterior, direito internacional público, direitos humanos, economia, história, política externa, linguagem diplomática, organizações econômicas e políticas e internacional técnicas de negociação e visões do Brasil. Os alunos também recebem aulas de russo, árabe ou chinês.
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Na primeira fase, as provas são aplicadas nas capitais estaduais e em Brasília. As duas etapas seguintes são aplicadas nas capitais em que houver candidatos aprovados. Os exames pré-admissionais são realizados na capital federal. Os guias de estudo elaborados pelo instituto e as provas dos concursos anteriores, material de orientação e auxílio aos candidatos a diplomatas, podem ser obtidos no site: www.institutoriobranco.mre.gov.br.