Uma boa noite de sono é fundamental para a saúde e a boa disposição. Para isto, é preciso saber escolher o colchão certo.
Escolher o colchão certo não é uma tarefa fácil. Um estudo da Associação Proteste de Defesa do Consumidor avaliou dez marcas (colchões de casal, densidade 33) disponíveis no mercado, em quesitos como resistência ao desgaste, pureza da espuma, densidade e conforto. Oito deles foram reprovados. Dormir no colchão errado pode provocar dores lombares, cãibras, sensação de formigamento, insônia e mesmo desvios de coluna. O resultado, no dia seguinte, é a dificuldade de se concentrar e muita irritação. Mas, com algumas dicas, é possível dormir bem e recarregar as energias.
Como Escolher um Bom Colchão?
Na hora de escolher o colchão, o primeiro passo é verificar a densidade. As lojas costumam apresentar uma tabela sobre a densidade ideal, de acordo com a altura e peso do consumidor. Para casais, a escolha deve ser feita com base no cônjuge mais pesado, mas muitas empresas oferecem produtos personalizados, com densidades diferentes de cada lado. É a opção ideal quando a discrepância entre os parceiros é muito grande.
O colchão certo não pode ser muito duro nem muito mole, deve deixar coluna, quadris e pernas relaxados. Dormir num colchão muito macio pode causar problemas musculares, enquanto o duro demais prejudica as articulações – dos ombros aos tornozelos –, além de não proporcionar o descanso necessário.
Espuma
O colchão fabricado apenas com espuma é o mais vendido, por ser o mais barato. É encontrado em várias espessuras e densidades, mas tem vida útil bastante curta, por apresentar deformações com facilidade. Assim, a economia na hora da compra pode não compensar o custo benefício.
Mola
Os colchões de molas são encontrados em duas versões: os de molas entrelaçadas, duros e bem duráveis, são indicados para as camas de solteiro, já que quem compartilha a cama sente os movimentos do parceiro toda vez que ele se mexe durante o sono (em média, nos viramos duas vezes por hora enquanto estamos dormindo). No sistema pocket, as molas são ensacadas individualmente, garantindo menos “tremores” na cama e uma boa noite de sono para ambos os parceiros. Em geral, eles vêm com uma camada extra (o pillow top), que oferece maior conforto. No entanto, estes colchões não podem ser virados periodicamente, já que o pillow top só é oferecido num dos lados do colchão.
Látex
Os colchões de látex são indicados para os alérgicos, porque possuem tratamento antiácaros, aracnídeos microscópicos responsáveis por rinites e bronquites nas pessoas predispostas a afecções alérgicas.
Viscoelástico
A mais cara das opções é o colchão de viscoelástico. Ele foi concebido com tecnologia desenvolvida pela NASA, a agência americana de astronáutica para os assentos das naves espaciais, visando absorver o impacto quando os astronautas são lançados a velocidades incríveis. Ele tem a vantagem de se amoldar ao corpo sem se deformar e suporta qualquer peso ou altura.
A duração média de um bom colchão é de oito anos. Para garantir a qualidade do sono, o ambiente deve ser bem ventilado, as roupas de cama devem ser trocadas uma vez por semana e o colchão deve ser aspirado regularmente. Não existem evidências científicas sobre a eficácia de magnetos entre as camadas de espuma, sobre as melhores propriedades terapêuticas de produtos tratados quânticos, com raios infravermelhos ou de equilíbrio energético.
Antes de adquirir um colchão, pesquise bastante. Muitos fabricantes noticiam produtos sem as qualidades indicadas na propaganda. Consulte sites de defesa do consumidor e verifique eventuais reclamações. Passamos um terço do dia deitados sobre colchões: eles são muito importantes para a nossa saúde integral.