Para desenvolver novos jogos, é preciso ser muito criativo. Esta é, talvez, a principal característica do designer de games.
Escolher o tema, desenvolver o conceito e projeta jogos eletrônicos. Parece ser o sonho de muitos adolescentes viciados em computadores, videogames, tablets e smartphones. Mas o bacharelado ou graduação tecnológica em Design de Games não forma estudantes apenas para passar horas viajando pelo espaço, praticando esportes ou combatendo vilões mitológicos.
O profissional desenvolve o roteiro, cenários, modelagem, personagens e a parte multimídia do jogo (para torná-lo mais real). O game pode ser educativo, de entretenimento e até utilizado em feiras e eventos públicos e cooperativos, para divulgar marcas e produtos. O designer de games cria programas de computador e recursos gráficos para garantir a fluidez dos jogos, além de redes, para permitir partidas com múltiplos competidores, em ambiente virtual.
Curso de Design de Games
Para se dar bem na profissão, é preciso ter bom senso estético, sensibilidade para captar as tendências do mercado e versatilidade: apesar de alguns desenvolvedores se fixarem em apenas um nicho de mercado, a maioria cria jogos para diferentes gostos, influências culturais e faixas etárias. Além disto, a melhor qualidade de um bom game é justamente atrair a atenção de várias faixas do mercado. É o caso das séries “The Sims”, “Sim City” e “The World of Warcraft”, entre outros.
Algumas faculdades oferecem graduação tecnológica (com duração de quatro semestres), enquanto outras oferecem bacharelado em Design de Games. O tecnólogo “vai direto ao ponto” e dedica-se principalmente à criação e produção, organizando o jogo, regras, passagem de fases, etc.
O bacharelado, cursado em oito semestres, possui uma grade curricular mais extensa, com disciplinas como administração, marketing e técnicas de planejamento. O bacharel em design de games dedica-se principalmente a conhecer o mercado, os interesses do contratante e, claro, também se dedica à criação dos jogos. Trata-se de uma formação mais completa, em que, além dos aspectos técnicos, também são abordadas as técnicas mercadológicas.
Mercado de Trabalho para Designer de Games
O mercado de trabalho para o designer de games é relativamente recente. No Brasil, os primeiros jogos a fazerem sucesso foram os do console Atari, nos anos 1980. Antes disto, era preciso muita curiosidade para ficar olhando pontos e traços na tela da TV e imaginar um jogo de tênis ou vôlei, no famoso Telejogo, um console imenso, com joysticks que se quebravam facilmente, comercializado pela Philco no país.
Com o desenvolvimento da telefonia celular, muitos jogos estão sendo desenvolvidos especificamente para smartphones, aparelhos com telas menores, que demandam menos elementos gráficos, mas a mesma emoção, para não serem deixados de lado.
O mercado de trabalho também se amplia com os jogos nas redes sociais. Até 2015, acredita-se que a receita do Facebook aumente cinco vezes. Mesmo entre os consoles, houve registro de 50% de aumento nas vendas, entre 2010 e 2011. Novos jogadores exigem novos games – ou mesmo variações sobre o mesmo tema: as famosas séries e, portanto, a expansão está garantida, mesmo com a concorrência de designers de outras áreas, já que a profissão, apesar de reconhecida como de nível superior, não é regulamentada.