É difícil, mas não impossível: veja como trabalhar fora do Brasil sem saber inglês.
O inglês é a língua franca do mundo. Isto significa que, em qualquer parte do planeta, conseguir se comunicar neste idioma abre muitas portas. Mas existem algumas opções para os unilíngues que querem trabalhar fora do Brasil.
É possível trabalhar fora do Brasil sem saber inglês?
Tudo começa com esforço e dedicação. Para trabalhar fora do Brasil sem saber inglês é preciso estar disposto a encarar qualquer tarefa: faxina, auxiliar de cozinha em restaurantes, construção civil, etc. O candidato pode esquecer os serviços em um transatlântico ou um cassino em Las Vegas: isto é virtualmente impossível.
A própria obtenção do visto em alguns países exigem inglês fluente e as vagas são majoritariamente reservadas para os técnicos ou graduados, especialmente na área de exatas (Engenharia, Informática, etc.).
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Uma boa opção é procurar estabelecimentos brasileiros no exterior. Em qualquer cidade média ou grande, sempre é possível encontrar restaurantes, bares, academias e outras empresas. Não será possível tornar-se um garçom, mas a copa e a cozinha são áreas em que se fala português.
Antes de tudo, porém, é fundamental pesquisar e certificar-se da seriedade da empresa que oferece as vagas (existem alguns classificados disponíveis na internet). Além disto, é necessário fazer uma poupança para custear as despesas de viagem e estadia para os primeiros meses.
Vantagens de trabalhar fora do Brasil
A boa notícia para quem quer trabalhar fora do Brasil sem saber inglês é que os salários praticados, especialmente nos EUA, Canadá, Comunidade Europeia e Austrália são bem altos, em relação à renda brasileira.
É possível economizar e fazer viagens por vários países durante o período no exterior. Além disto, nos países anglófonos, aprender inglês se torna uma atividade natural, pelo contato com os nativos, mesmo em situações corriqueiras, como pedir um café, chamar um táxi, orientar-se pela cidade, etc. Mais uma vez, é preciso muita determinação para ser bem-sucedido.
No entanto, o aprendizado do idioma pode ser dificultado pelo excesso de trabalho. Em muitos países, o salário é calculado com base no número de horas trabalhadas, o que incentiva os brasileiros a passarem 12 horas ou mais no trabalho.
A exceção são os EUA: quem trabalha até sete horas por dia não tem direito a benefícios trabalhistas – e os empregadores preferem limitar a jornada diária, para reduzir as despesas com a folha de pagamento.
Estudantes podem trabalhar sem saber inglês?
Muitas atividades profissionais são reservadas para estudantes, especialmente para os universitários. Muitas universidades oferecem turmas com aulas em português e os alunos podem conseguir visto temporário de trabalho (enquanto durar o curso), para exercer funções como babá, jardineiro, passeador de cães e outras.
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As exigências, no entanto, são muitas. Os candidatos precisam procurar um centro de intercâmbio e ter concluído ao menos o nível médio. Quem pretende trabalhar e estudar fora do Brasil sem saber inglês (ou possuindo apenas noções básicas) deve estabelecer um cronograma rígido entre as aulas, a atividade profissional e os estudos, sem se esquecer, claro, dos momentos reservados ao lazer, passeios e viagens. Ninguém viaja para o exterior sem o objetivo de conhecer os encantos de um país muito diferente da “terrinha”.