Os bancos brasileiros também aderiram ao programa Aprendiz Legal. Veja como se tornar jovem aprendiz.
O Aprendiz Legal é um programa de aprendizagem profissional instituído em 2000 e regulamentado em 2005. O objetivo é preparar os jovens para o mundo do trabalho: a profissionalização é uma das etapas do processo educativo previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tornar-se um jovem aprendiz – em banco ou em outras empresas – faz parte deste processo.
O programa Jovem Aprendiz em banco teve início em 2003, ainda antes de a legislação ter entrado em vigor. Por lei, empresas de médio e grande porte devem ter, em seu quadro de pessoal, entre 5% e 15% de aprendizes. O programa visa oferecer oportunidades a jovens entre 14 e 24 anos, com ensino médio concluído ou em curso.
Já foram abertas milhares de vagas para jovens aprendizes nestes 12 anos. A contratação é feita pela própria instituição bancária ou por empresas responsáveis pelo recrutamento e seleção. Além das atividades da rotina bancária, os contratados também recebem cursos de formação, com duração de até 690 horas de aula.
Como Participar do Jovem Aprendiz
Os grandes bancos, como Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco do Brasil, realizam processos seletivos exclusivos para jovens aprendizes. As oportunidades se encontram nas agências e postos de atendimento, além dos setores administrativos.
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Os interessados devem ficar atentos ao início do período de contratações, geralmente aberto no início de cada ano (pode ocorrer abertura de vagas durante o ano, determinando novo processo seletivo). Os candidatos preferenciais são jovens em situação de vulnerabilidade, com renda média per capita mensal de até um salário mínimo e meio.
Os menores de idade assinam contrato não renovável até os 18 anos (assistidos pelos pais ou responsáveis). Os demais participantes do programa Jovem Aprendiz podem permanecer em aprendizado até os 24 anos. É comum que os bancos contratem os participantes que mais se destacaram no período.
Quais os benefícios e o que ganha um jovem aprendiz?
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Depois da seleção (composta de análise de currículo, provas e entrevistas), o jovem aprendiz tem direito a receber vale-transporte, vale-refeição, seguro de vida em grupo, política salarial idêntica à praticada com a categoria dos bancários e assistência médica.
Além disto, o jovem aprendiz tem direito ao registro em carteira, remuneração de um salário mínimo nacional mensal, férias remuneradas concomitantes ao período de férias escolares e ao recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que pode ser sacado depois do término do contrato com o banco.
A jornada diária de trabalho varia entre quatro e seis horas, dependendo da região e das necessidades dos bancos. No outro período, os jovens aprendizes recebem aulas sobre administração, legislação, informática, comunicação formal e informal, ética, política, cidadania, marketing pessoal e organização da rede de contatos.
Durante o expediente, as tarefas mais comuns são: organização e arquivo de documentos e formulários, recepção, expedição e distribuição de correspondências, atendimento telefônico, elaboração de planilhas básicas, direcionamento de clientes nas agências e auxílio no autoatendimento.