Títulos e conhecimentos podem não ser suficientes para obter um emprego. É preciso se destacar no processo de seleção.
Um processo de seleção envolve várias etapas: envio de currículos, preenchimento de propostas de emprego, testes, entrevistas e, em alguns casos, dinâmicas de grupo. Muitos candidatos concorrem a poucas vagas e, por isto, é importante destacar-se no processo de seleção.
Pré-requisitos para conquistar um emprego são: currículos bem elaborados, sem erros de grafia, concordância e regência (em caso de dúvidas, é preciso pedir para que alguém revise), comportamento adequado – é preciso buscar o “caminho do meio”: nem muito tímido, nem muito extrovertido –, domínio sobre as habilidades necessárias para desenvolver as tarefas pertinentes à função pretendida e conhecimento sobre as atividades desenvolvidas pela empresa.
Processo de Seleção e Recrutamento
Vencidas as primeiras etapas, chega o momento da esperada entrevista. A pontualidade é fundamental. O candidato deve chegar com antecedência ao local; no processo de seleção, justificativas como trânsito carregado quase sempre são desconsideradas. Caso more longe, é preciso sair de casa bem cedo. Se chegar muito tempo antes do horário marcado, basta parar numa padaria e fazer um lanche.
Na sala de espera, é preciso cuidado com a linguagem e o tom de voz. Discrição conta pontos e a educação é um fator extremamente necessário. Mesmo altos executivos, nomes de destaque no mercado de trabalho, precisam tratar bem recepcionistas, secretários e assessores. “Carteiradas” e arrogância não acrescentam nada na conquista da posição profissional.
Ao entrar na sala de Recrutamento e Seleção, é preciso cumprimentar formalmente o entrevistador. Um aperto de mãos firme, olhando nos olhos do interlocutor. Olhos que se desviam podem indicar timidez ou mentira, que são facilmente detectadas.
É preciso expressar-se corretamente, sem ser pedante. A leitura é fundamental para ampliar o vocabulário e, portanto, é algo que deve ser cultivado por toda a vida. Quem conversa naturalmente, sem erros crassos, como “menas” ou estou “meia cheia” já sai à frente no processo de seleção.
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No entanto, é preciso evitar a hipercorreção. Não há nada de errado em engolir os Rs no final dos infinitivos verbais ou usar “tô” e “tá”, que, inclusive, figuram na gramática portuguesa, na categoria de síncopes: “Cê”, no lugar de “você” (ou “ocê”, no caso dos mineiros) é uma aférese – foi suprimido um fonema no início da palavra. “Tô” é uma apócope. São figuras de linguagem que fazem parte do processo de evolução da língua.
É preciso encontrar formas de se descontrair, para não gaguejar durante a conversa. Isto varia de pessoa para pessoa, mas inspirar e expirar profundamente e relaxar os músculos da face e do pescoço são técnicas que funcionam com quase todos. Mãos e braços devem acompanhar o diálogo naturalmente.
O relaxamento, no entanto, não deve chegar ao ponto de escarrapachar-se na cadeira. O candidato deve lembrar-se de que está num processo de recrutamento, e não na sua sala de estar. Batucar no descanso de braço e balançar os pés continuamente indicam nervosismo excessivo. O inverso também deve ser evitado: a postura rígida, com poucos movimentos corporais, pode indicar inflexibilidade, que é uma característica negativa.
A conversa, apesar de formal, permite algumas licenças. As respostas devem ser diretas, com o cuidado de não passar a imagem de falta de educação, mas podem ser pontuadas por exemplos e casos, sempre sem divagação, nem prolixidade. No diálogo, porém, é preciso evitar o excesso de gírias e repetições, que indicam pobreza de linguagem e, portanto, bagagem cultural limitada.
Sua apresentação pessoal
Em primeiro lugar, é preciso cuidar da higiene. Ninguém vai contratar um funcionário relaxado neste aspecto. Cabelos penteados, unhas bem feitas e muito cuidado com os acessórios (brincos, pulseiras, colares e relógios). Deve-se optar por desodorantes sem perfume, porque sempre existe a possibilidade de se deparar com um entrevistador alérgico.
Rapazes devem estar bem barbeados – ou meticulosamente mal barbeados, como está na moda hoje em dia. Os que usam barba, cavanhaque ou bigodes precisam apresentar-se com os pelos bem aparados. As mulheres não podem carregar na maquiagem.
A escolha da roupa depende do ambiente de trabalho, mas as cores devem ser discretas. Pode ser casual ou social, mas sem abusos. Para homens, o casual se limita a um jeans novo e a uma camisa polo ou de mangas curtas. Nada de camisetas. Bonés, bermudas e regatas, então, são impensáveis. Mulheres não devem abusar dos decotes e saias curtas; é preciso seguir a regra de “muito aqui, pouco ali”. Se a saia é curta (no máximo um palmo acima dos joelhos), a blusa deve ser fechada, e vice-versa.
As dinâmicas de grupo
Especialmente para os trainees – universitários em fim de curso ou recém-formados –, a dinâmica de grupos é um recurso adotado por muitas empresas, especialmente as de grande porte. São candidatos com formação teórica, mas quase sempre sem experiência.
Por isto, as empresas usam recursos da psicologia organizacional nos processos de seleção. Os candidatos estão sendo avaliados em sua postura, carisma, competências de verbalização e inter-relacionamento. Mesmo quando é proposta uma atividade lúdica, como identificar-se com um super-herói ou um personagem de quadrinhos, o objetivo é sempre identificar os potenciais dos participantes: ambição, liderança, capacidade para trabalhar em grupo.
Numa dinâmica de grupo, o candidato pode ser participativo ou observador, pontuando observações e comentários dos demais participantes com intervenções pertinentes. Da mesma forma que em todos os processos de seleção, não existe uma fórmula pronta para se destacar: é preciso mostrar as qualificações e características pessoais, e esperar a avaliação do departamento de recursos humanos.