Milhões de brasileiros estão endividados. Confira como limpar um nome sujo.

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Em média, 50 mil CPFs são inscritos mensalmente nos cadastros do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e SERASA Experian. No total, 59,5 milhões de brasileiros estão com o nome sujo, o que representa quase 40% da população entre 18 e 95 anos. Mas, o que se deve fazer para sair desta estatística e limpar um nome?

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Para limpar um nome sujo, é necessário identificar os credores e quitar as dívidas, ou renegociá-las de acordo com as condições financeiras.

A maioria das empresas concorda em retirar o CPF do cadastro de inadimplentes a partir do pagamento da primeira parcela da renegociação. O CPF deixa de figurar como inadimplente em até cinco dias úteis.

Como Limpar o Nome?

Outra possibilidade é recorrer aos “feirões limpa nome” organizados pelos serviços de restrição. SCPC, SPC e SERASA organizam eventos regularmente, em que os endividados podem identificar os débitos existentes e, em alguns casos, renegociar o pagamento no próprio local.

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+ Confira: Faça Consulta do seu CPF e Nome no Serasa e SCPC

Em último caso, é possível pedir um empréstimo para pagar as dívidas acumuladas. Neste caso, é preciso avaliar as condições do empréstimo e a capacidade de quitá-lo. Nunca use o limite do cheque especial, nem o crédito rotativo do cartão de crédito, que sempre têm juros muito altos.

O melhor a ser feito, no entanto, é evitar que o nome seja enviado para os serviços de proteção ao crédito. De acordo com a legislação, os credores precisam enviar carta com Aviso de Recebimento, com antecedência de dez dias, informando sobre a existência de débitos e da eventual inscrição no cadastro dos nomes sujos. Com a quitação de ao menos parte da dívida, o acesso ao crédito fica mantido.

Como Renegociar as Dívidas

As empresas têm todo o interesse de receber dívidas antigas. Por isto, sempre existe espaço para a renegociação. No entanto, para limpar um nome sujo, não aceite a proposta de pagamento sem avaliar devidamente a sua capacidade de quitar as parcelas. Do contrário, em poucos meses, o fantasma da inadimplência voltará a assombrá-lo.

Se necessário, pode-se procurar o apoio da Defensoria Pública ou do PROCON (as duas instituições prestam assessoria para pessoas físicas e jurídicas com endividamento alto). Fique atento aos novos juros incidentes e ao custo efetivo total (CET), para não ser passado para trás na negociação.

Existem empresas especializadas em mediar a renegociação de dívidas, para que o consumidor possa limpar um nome sujo. Aqui, vale um alerta: empresas idôneas não cobram nada do endividado pelo serviço: elas lucram com a cobrança de um percentual, pago pelos credores.

O que acontece com quem tem nome sujo?

As empresas credoras podem acionar os serviços de proteção ao crédito a partir do primeiro dia de atraso, mas, em geral, esta providência só é tomada dez dias depois do vencimento. No SERASA, o prazo é ainda maior: entre 30 e 45 dias.

Quem tem o nome sujo não pode (por até cinco anos):

  • contratar qualquer tipo de financiamento em bancos e financeiras;
  • parcelar novas compras em qualquer loja do mercado, inclusive com cheque pré-datado;
  • abrir novas contas bancárias com movimentação do saldo através de cheques;
  • alugar imóveis;
  • perder oportunidades de emprego. Apesar de esta prática ser ilegal (com exceção dos processos seletivos para órgãos públicos), muitos empregadores consultam o CPF e negam vagas para quem está com o nome sujo.

O prazo para a permanência do CPF no cadastro de inadimplentes, de acordo com a lei, é de cinco anos, a contar da data de vencimento da dívida não paga. Depois disto, o credor perde o direito de exigir a cobrança na justiça, mas pode continuar tentando receber através de negociações que não exponha o endividado a situações constrangedoras.

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