O tabagismo provoca males à saúde não apenas do fumante, mas de todos os que convivem com ele.

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O tabaco já era usado pelos índios americanos antes de Cristóvão Colombo chegar aqui, em 1492, e popularizou-se na Europa a partir do século XVI. Na época, acreditava-se que o cigarro amenizava a enxaqueca, o que não é de todo mentira: o fumo possui algumas propriedades terapêuticas, mas os prejuízos causados por 4.500 substâncias tóxicas tornam o tabagismo totalmente contraindicado.

Cigarro Faz Mal Mesmo?

cigarro

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Entre as substâncias presentes nas folhas de Nicotiana estão a nicotina, o alcatrão, e 43 substâncias reconhecidamente cancerígenas; não há níveis seguros para o consumo de nenhuma delas. Não se pode afirmar que quem fuma fatalmente desenvolverá um câncer, mas, se houver propensão genética, as probabilidades são exponencialmente ampliadas.

Apesar de a produção e comercialização dos cigarros serem permitidas por lei (graças à arrecadação de impostos), a nicotina é uma droga que vicia em pouco tempo e causa dependência física e psicológica. A produção de neurotransmissores é reduzida quando um fumante fica em abstinência, reduzindo a atenção e a criatividade e aumentando a ansiedade.

Nas questões emocionais, o cigarro é uma importante “muleta psicológica”. Ao acender um cigarro, o dependente dá utilidade às mãos, nos momentos em que não sabemos o quer fazer com elas. O fumo também permite pausas estratégicas – para dar uma tragada – nas conversas difíceis e mesmo em reuniões de negócios.

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+ Confira: Como Parar de Fumar – Dicas e Técnicas que Funcionam

No Brasil, o tabagismo responde por 120 mil mortes ao ano. Mesmo assim, o cigarro foi glamurizado durante décadas, inicialmente pelo cinema americano, fato depois copiado no mundo inteiro. Nas telas dos cinemas, heróis e mocinhas pareciam mais fortes e sensuais com as muitas baforadas que expeliam de seus mal cuidados pulmões. James Dean apareceu com um cigarro na boca ou entre os dedos em praticamente todas as cenas de “Assim Caminha a Humanidade” (1956).

Conheça os Males do Tabagismo

cigarro faz mal?

Com a popularização da TV, a propaganda serviu para conquistar novos fumantes, com slogans como “um raro prazer”, “ao sucesso”, “preferência nacional”. As coisas começaram a mudar nos anos 1980, com o banimento progressivo da publicidade dos cigarros, em face das inúmeras pesquisas científicas demonstrando os males do tabagismo.

Não é apenas o câncer que deve preocupar os fumantes. As drogas constringem vasos sanguíneos, provocando a aceleração dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. O coração precisa pressionar o sangue com mais força e isto, no médio prazo, pode significar doenças cardiovasculares.

O cigarro ainda está relacionado a muitos outros males: aterosclerose, bronquite, enfisema pulmonar, aneurisma da aorta, estomatite, catarata, diabetes, otite, amigdalite, osteoporose e sinusite. Mulheres grávidas podem sofrer abortos espontâneos e sofrer com a pré-eclâmpsia, relacionada à hipertensão arterial. Filhos de mães fumantes nascem com menos peso e já nascem dependentes da droga. Ao todo, o fumo está relacionado a 50 doenças diferentes.

Os benefícios de abandonar o vício são rápidos. Em poucos dias, a pessoa retoma o fôlego, em seguida o paladar e o olfato são recuperados e o dependente em recuperação passa a sentir sabores e aromas há muito tempo esquecidos. Isto ocorre porque, deixando o cigarro, o fumante também deixa de inalar monóxido de carbono – o mesmo gás que sai dos escapamentos dos carros –, que reage com a hemoglobina do sangue e reduz a oxigenação das células.

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