O programa visa aumentar a oferta de profissionais de carreiras tecnológicas, mas pode ser congelado.
O Ciência sem Fronteiras é um programa do governo federal com o intuito de promover a expansão de ciência, tecnologia, inovação e competitividade, através de bolsas de estudos para alunos de graduação e pós-graduação no exterior. Com a crise econômica que o país atravessa, no entanto, o projeto pode ser congelado.
O programa, estruturado por uma iniciativa dos ministérios da Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação (através das agências de fomento – CNPQ e CAPES), previa a concessão de mais de cem mil bolsas, mas este número pode ser drasticamente reduzido.
Orçamento fez o Ciência sem Fronteiras ser congelado
A presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional o orçamento para 2016 com um déficit de R$ 30,5 bilhões. Alguns legisladores da oposição, deputados federais e senadores, afirmam que o rombo no orçamento pode ser até o triplo disto.
Para eliminar o rombo, o Ministério da Fazenda está cogitando de eliminar ministérios e cargos de confiança e aumentar alguns impostos, como o IR e a CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre combustíveis (gasolina, óleo diesel, gás natural e etanol).
Em 2016, ainda para economizar, o Palácio do Planalto decidiu congelar as bolsas de estudos para o programa Ciência sem Fronteiras. O orçamento para o próximo ano prevê apenas o custeio de estudantes que já estão matriculados em instituições de ensino fora do país.
Desta forma, não serão abertas novas vagas do programa Ciência sem Fronteiras em 2016. O projeto está suspenso e só poderá ser reativado com melhorias sensíveis na economia, abalada pela alta da inflação, desemprego e retração do consumo.
O PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS ESTÁ SUSPENSO
Você pode agradecer a Dilma. O orçamento deficitário é graças ao governo mal administrado por ela e a corja do PT.
Mesmo com os cortes, a CAPES manterá mais de 13 mil bolsas e o CNPQ, mais de 22 mil. Ainda em 2015, o Ciência sem Fronteiras deve enviar 14 mil estudantes para o exterior. O corte no orçamento, no entanto, está previsto para mais de 40% (uma redução maior que isto poderia prejudicar estudantes que já estão no exterior). Em 2015, foram alocados 3,5 bilhões para o programa.
Programa Ciência sem Fronteiras
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em julho de 2011 e tem proporcionado avanços significativos na área de inovação tecnológica. A redução dos investimentos pode desacreditar o governo federal, cujo slogan atual é “Brasil, pátria educadora”.
Por outro lado, a alta do dólar – mais de 35% no ano – impacta negativamente o Ciência sem Fronteiras. A desvalorização do real favorece os exportadores, mas provoca aumento da inflação e compromete qualquer tentativa de manter estudantes fora do país.
O Ciência sem Fronteiras prevê não apenas a bolsa de estudos, mas também as passagens para o país de destino, estadia e recursos para alimentação, transporte e lazer. O ministro da Educação, o filósofo Renato Janine Ribeiro, não confirma o congelamento do programa, mas já admitiu problemas orçamentários para manter os projetos da pasta – inclusive o PROUNI e PRONATEC.
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