Apenas 29% dos empresários pretendem contratar em 2016. Mesmo assim, algumas carreiras estarão em alta. Confira as oportunidades para esse ano!
A crise econômica internacional, aliada ao crescimento mínimo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estão deixando os empresários com “a pulga atrás da orelha”: desde 2009, quando a crise provocada pela “bolha imobiliária” americana estourou espalhou-se entre as principais economias do planeta, não se registrava uma intenção tão baixa, entre as empresas, de contratar novos funcionários. Mesmo assim, algumas carreiras estão em alta.
Na época, muitos imóveis artificialmente inflacionados nos EUA sofreram depreciação fortíssima num curto período – alguns deles chegaram a valer apenas um dólar. Quem tinha hipoteca não conseguiu pagá-la, a “bolha” gerou desemprego e queda da produção econômica e a crise contaminou a União Europeia, Japão e Coreia.
O Brasil foi pouco afetado pela crise, que ainda balança o hemisfério norte. Parlamentares dos EUA conseguiram fechar recentemente um acordo para o aumento de impostos sobre rendimentos elevados (acima de US$ 400 mil anuais), o que deve evitar nova recessão no país e possível retomada, inicialmente tímida, do crescimento.
Mesmo assim, a atuação de alguns profissionais é absolutamente necessária. Por isto, algumas carreiras iniciam 2014 com viés de alta. Conheça algumas delas.
Engenheiro Agrônomo
Diversas empresas multinacionais têm investido fortemente no mercado agrícola brasileiro, especialmente nos cultivos de cana-de-açúcar, soja e milho (além de alimentos, são fontes de combustíveis renováveis, e tornaram-se commoditties nos últimos anos, com preços regulados pelas negociações dos produtos em bolsas do mundo todo).
As empresas brasileiras, especialmente no meio rural, quase sempre se baseiam num modelo familiar de administração. Para competir, é preciso investir em tecnologia e inovação. A presença do engenheiro agrônomo permitem o aumento da produção por hectare e a qualidade do produto final.
Uma dica para quem insiste na gestão “doméstica”: o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – oferece cursos sobre administração de empresas de família.
Engenheiro Naval
Entre 1999 e 2009, o Brasil não construiu nenhum novo estaleiro e a produção de novas embarcações foi pífia. No entanto, com a expansão da exploração de petróleo e gás natural em alto mar, a demanda tem exigido a construção de novas instalações e navios.
Este longo período gerou a queda de candidatos nos cursos de Engenharia Naval: muitas faculdades nem chegavam a preencher a integralidade das vagas. Isto gerou uma carência de profissionais da área no mercado, elevando salários e benefícios trabalhistas, além de garantir certa estabilidade, mesmo entre as empresas privadas.
Os profissionais, no entanto, precisam se atualizar constantemente: desde 2010, a relação de candidatos por vaga no curso vem aumentando bastante.
Engenheiro de Produto
Especialmente na área automotiva. Várias montadoras multinacionais estão construindo fábricas no país, não só visando ao mercado interno, como também às importações, especialmente para a América Latina e Caribe.
Como os executivos destas empresas são transferidos da sede para o Brasil, é importante ter domínio do idioma inglês. No caso das montadoras japonesas e coreanas, conhecer ao menos rudimentos da língua é um diferencial importante.
Tecnologia e Inovação
Um dos projetos do governo federal é começar a transformar o país, passando de importador para produtor de tecnologia. Qualquer profissional que se dedique à pesquisa e desenvolvimento – de produtos tão variados como artigos de higiene e o refino de petróleo tem boas perspectivas em 2014.
Os candidatos mais cobiçados são estudantes e profissionais formados nos diversos cursos tecnológicos (automação industrial, tecnologia da informação, mecatrônica, etc.), além dos bacharelados em Farmácia e Bioquímica, Química, Física e Biologia, além das diversas engenharias.
Técnicos de nível médio em áreas afins também têm boas chances, como auxiliares e assistentes. No entanto, é preciso continuar os estudos na área e qualificar-se cada vez mais.
Gestão Ambiental
Quem pensa que ambientalismo é assunto para “bichos grilos”, engana-se redondamente. Já faz algum tempo que gestores ambientais são contratados para otimizar o uso da água e outros insumos, organizar a reutilização e reciclagem em indústrias e mesmo para grandes empreendimentos comerciais.
Já existe a especialização em logística reversa, que consiste no trabalho para o descarte de matéria prima, emissões e fluidos da produção. É o inverso do transporte até o consumidor final.
Cursos na Área de Meio Ambiente
Mais Profissões em Alta…
Várias outras modalidades de engenharia (por exemplo, de produção, para dar conta de todas as etapas da exploração do pré-sal e civil, por causa do aumento das obras de hotelaria, mobilidade social, entre outras) também estarão valorizadas em 2014. Administradores, marketeiros e advogados que atuam nestas áreas têm boas chances de conseguir excelentes colocações.
Profissionais de marketing também estão valorizados em 2014. Com o crescimento exponencial da internet, inclusive com técnicas de P&P específicas para smartphones e tablets, podem encontrar boas oportunidades.
A economia brasileira tem crescido aos solavancos (alterna períodos de estagnação a outros de desenvolvimento acelerado). Um dos principais motivos é a ausência ou precariedade da infraestrutura: estradas deficitárias, malha ferroviária sucateada e quase inexistente, aeroportos saturados.
Qualquer profissional vinculado às atividades necessárias para a melhoria da infraestrutura pode se dar bem, desde os engenheiros que fazem o projeto, passando pelos tecnólogos em logística que traçarão os planos de escoamento da produção, até os operários que executarão a farão a manutenção das obras podem obter bons empregos, tanto na área pública, como na privada.
A geração de energia, em suas diversas modalidades, também precisará de novos profissionais. Novas hidrelétricas e fontes alternativas de geração devem ser implantadas nos próximos anos. O profissional que quiser se dedicar a esta opção, no entanto, precisa acostumar-se a longos deslocamentos e períodos de isolamento.
Com a ampliação das relações industriais e comerciais, muitas áreas precisarão contratar. Por exemplo, empresas de propaganda, promoções e eventos, seguradoras (o número de apólices contratadas tende a subir), escritórios de advocacia especializados em fusão e compra de empresas, são alguns exemplos.
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Com toda esta procura, profissionais de recursos humanos são absolutamente necessários para recrutar, selecionar, contratar, treinar e requalificar o pessoal. As vagas em toda a área devem aumentar, de auxiliares a diretores. Existem cursos técnicos, tecnológicos de curta duração (dois ou três anos), mas o ideal é cursar administração e especializar-se posteriormente na área.
Gostaria muito de fazer um curso profissionalizante