O que são biocombustíveis? Menos poluentes que os combustíveis fósseis, os biocombustíveis são renováveis.

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Ao contrário dos combustíveis derivados de petróleo – gasolina, óleo diesel e querosene de aviação – os biocombustíveis são produzidos a partir de vegetais: cana-de-açúcar e milho são fontes de opções comerciais há cerca de 30 anos e existem estudos sobre o uso de mamona, babaçu, dendê, girassol e canola para mover veículos, com o chamado biodiesel.

Biocombustíveis

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Biocombustíveis

Outras alternativas já pesquisadas, como o uso de castanha-do-pará e o coco, foram abandonadas, por gerarem matéria-prima mais viável economicamente para outros produtos, como óleos e sementes utilizados na alimentação de humanos e animais.

Na Europa, as principais pesquisas para o desenvolvimento de biocombustíveis usam a colza, planta comum no norte do continente. Nos EUA, além do milho, estuda-se também o uso da soja.

Os principais biocombustíveis são o etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), biogás (produzido a partir da biomassa), bioetanol, bioéter, biodiesel, entre outros. A biomassa é constituída basicamente por substâncias orgânicas – bagaço de cana-de-açúcar, resíduos agrícolas e florestais, lenha, casca de vegetais e excrementos de animais, por exemplo.

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Os biocombustíveis são usados para movimentar carros, caminhões, ônibus e tratores, isoladamente ou combinados com a gasolina, nos chamados motores flex, que podem ser acionados pelo etanol, gasolina ou um mix dos dois tipos de combustível.

Prós e contras dos biocombustíveis

A principal vantagem dos biocombustíveis é que eles reduzem drasticamente a poluição do ar. Existem tipos de biodiesel que emitem 40% menos poluentes do que os motores movidos a gasolina, e a emissão de componentes cancerígenos é 94% dos que a dos derivados de petróleo.

O Brasil produz etanol para produzir energia desde a década de 1970, quando foi implantado o programa Pró-Álcool. A produção aumentou os níveis de emprego, tanto na zona rural, quanto nas refinarias, depósitos e centros de distribuição do etanol até o consumidor final.

A produção de biomassa e biodiesel reduz a quantidade de lixo produzido, reduzindo as chances de contaminação do solo e de nascentes. Também ajuda a fechar o ciclo do dióxido de carbono (absorvido pelas plantas durante o dia e liberado no processo de produção desses combustíveis).

O biodiesel pode ser usado em caminhões sem necessidade de ajustes no motor, ao contrário do etanol, que só pode ser utilizado em motores específicos. Os investimentos em produção e pesquisa dos biocombustíveis são bastante inferiores, quando comparados aos necessários para a prospecção e extração do petróleo.

As desvantagens são o aumento da área plantada de cana-de-açúcar para a produção do etanol, em detrimento de outras culturas agrícolas, o que provoca aumento dos preços dos alimentos. Além disto, regiões consideráveis da mata Atlântica, especialmente na região Nordeste, foram desmatadas para se tornarem terras agricultáveis.

A produção de biocombustíveis também aumenta o consumo de água na sua produção. O aumento do uso de defensivos agrícolas químicos nas plantações pode ser responsável pela poluição do ambiente, se não for utilizado com critério. A queima da cana-de-açúcar libera altas quantidades de gases nitrogenados para a atmosfera, que retornam ao solo como uma “chuva de fertilizantes” nas regiões que concentram grandes plantações.

De acordo com estudo da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), a principal consequência, até agora, é a proliferação aceleradas de algas, com forte liberação de toxinas. Elas também consomem praticamente todo o oxigênio das águas dos rios, determinando morte de muitos peixes e outras plantas aquáticas.

Biocombustíveis

Pode-se perceber que, se os combustíveis fósseis precisam ser banidos gradualmente para garantir – ou recuperar – a saúde do planeta, a pesquisa sobre os biocombustíveis ainda tem que dar conta de muitas questões antes que eles se tornem a matriz única de produção de energia. Estudos sobre a energia eólica e o uso das marés e da radiação solar podem resolver parte das necessidades energéticas da humanidade.

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De acordo com a Agência Internacional de Energia, instrumento orientador das políticas de produção de energia para seus 28 países membros criado logo após a crise energética de 1973, 87% os veículos do mundo todo ainda são movidos por combustíveis fósseis: carvão mineral, gás e petróleo, substâncias extremamente poluentes e finitas: estima-se que, com as atuais reservas conhecidas, os estoques de “ouro negro” são suficientes apenas para os próximos 50 anos. Outros estudos mostram panoramas ainda mais preocupantes: se não forem encontrados novos depósitos (com extração economicamente viável), o petróleo expira em 2050.

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