O mercado está em constante flutuação, mas algumas carreiras oferecem as melhores vagas de emprego.
Quando se fala em emprego, classificar as melhores vagas depende do interesse dos candidatos: salário ou condições trabalhistas. É um erro pensar que o salário inicial deve influenciar na escolha da carreira. A primeira avaliação a ser feita gira sobre os interesses e talentos de quem está procurando uma vaga.
Por exemplo, com os eventos esportivos próximos (Copa do Mundo FIFA e Olimpíadas do Rio de Janeiro), as melhores vagas de emprego estão certamente centralizadas nos setores de turismo, arquitetura e engenharia civil. Porém, não é possível dizer que haverá obras no entorno dos equipamentos esportivos para aumentar a demanda por novos engenheiros e arquitetos (sempre disputados pelo mercado), além de urbanistas e paisagistas.
Tudo depende de políticas públicas, que provavelmente não serão implantadas. Além disto, sem suprir os gargalos existentes nos portos, aeroportos e estradas, o país dificilmente se tornará atraente para receber turistas estrangeiros. Portanto, é preciso cuidado na hora de escolher, apesar de o país ser naturalmente um polo turístico e manter um déficit habitacional e de infraestrutura. Precisamos destes profissionais, mas haverá incentivo para ampliar sua atuação nas obras tão necessárias para o Brasil?
Onde Estão as Melhores Vagas de Emprego?
No Brasil, os profissionais mais bem pagos são os engenheiros e médicos (especialmente clínicos gerais, ginecologistas e ortopedistas; o salário dos pediatras está em baixa), segundo o ranking do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – o que permite inclusive que estes graduados escolham o local onde irão atuar. Este é o motivo por que existem regiões carentes, enquanto “sobram” profissionais nas capitais e grandes cidades brasileiras.
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A área de petróleo e gás é um importante nicho de mercado. O Brasil deve dobrar sua produção até 2020, aumentando a demanda por técnicos e graduados para garantir a extração adequada dos minerais. No entanto, existem pressões internacionais para mudar a matriz energética, com a adoção de combustíveis “limpos” e a própria política brasileira pode decidir alterá-la, investindo em etanol, por exemplo (improvável, mas não totalmente impossível).
Construção civil e infraestrutura, tecnologia da informação, contabilidade (em função da necessidade de adequação das empresas brasileiras às normas internacionais de escrituração) e administração (por causa da baixa qualificação oferecida pelas escolas) também são setores aquecidos. Todos eles oferecem vagas de nível médio, superior e até de profissionalização inicial e continuada, oferecidos inclusive pela internet (muitos deles são gratuitos), mas as melhores vagas de emprego são reservadas a trabalhadores capacitados.
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Não basta fazer um curso: é preciso se aprofundar nos conhecimentos (existem cursos online que podem ser feitos em paralelo ao ensino clássico) e ter “bom faro” para identificar as carências do mercado. No caso da TI, conhecer a administração de redes e sistemas, desenvolvimento de software, etc.
Na administração, as melhores oportunidades estão localizadas na gestão contábil e de marketing. Recursos Humanos e Logística são áreas “recém-descobertas” pelo empresariado brasileiro; são seculares, mas subestimadas durante muito tempo.
Os empregos públicos também parecem atraentes para os candidatos: bons salários iniciais, estabilidade no emprego, benefícios quase sempre acima dos oferecidos pela iniciativa privada. Quem pretende optar por esta via – e existem muitos “concurseiros” que gastam horas se preparando para as provas de seleção – deve avaliar muito bem os prós e contras.
Um salário de fiscal, auditor ou analista (inicial de R$ 10.000, em média) é bastante atraente, mas é necessário avaliar se a rotina burocrática, cerceada por normas e portarias (muitas vezes obscuras), vale a pena. Talvez os melhores concursos sejam os de áreas específicas, em que é possível unir um salário razoável e estabilidade.