O crescimento econômico chinês está tornando o país um interlocutor importante. Vale a pena aprender o idioma.

Publicidade

Os aumentos constantes do produto interno bruto chinês são tão impressionantes que mesmo as muitas acusações de violações de direitos humanos no país cederam lugar ao noticiário econômico. O governo brasileiro classificou o país como “economia de mercado”, apesar de a China viver sob regime comunista. O grande país do leste já é o segundo parceiro brasileiro na economia, tendo desbancado os EUA em 2009. O volume de negócios tem atraído muitas pessoas para cursos de chinês, ou melhor, mandarim, o idioma oficial. Mas vale a pena?

Qualquer aprendizado é sempre útil, mesmo que seja apenas para enriquecer a bagagem cultural. Ninguém aprende um idioma isoladamente: é preciso mergulhar na cultura do país para entender as inflexões, pausas e tons de voz usados nos diferentes diálogos (com amigos, chefes, pessoas de idade, autoridades, etc.). Mas, pensando exclusivamente no currículo, aprender chinês pode não surtir os efeitos desejados.

Publicidade

aprender chinês

Vale a Pena Aprender Chinês?

Em todas as épocas, houve uma língua franca, em que pessoas de diversos países – especialmente os mercadores – se comunicavam para fazer seus negócios. Aconteceu com o grego, latim, árabe. Mais recentemente, o inglês desbancou o idioma francês, adotado deste a Idade Moderna para as conversações diplomáticas.

O inglês continua sendo o idioma do mundo político, financeiro, esportivo, etc. Entidades como a FIFA e a ONU, em suas reuniões e comunicados, usam a língua em primeiro lugar, apesar de manterem outros idiomas oficiais. Mesmo para viajar – para qualquer lugar do mundo – saber inglês garante a hospedagem, refeições e todos os passeios.

Publicidade

Portanto, é necessário investir primeiramente no domínio do inglês. Depois de obter proficiência no idioma, pode-se dar início ao aprendizado de outra língua. O curso de inglês serve inclusive como balão de ensaio: algumas pessoas apresentam grande facilidade em dominar vocabulário e estruturas sintáticas, sentem-se tranquilas ao expressar-se em outro idioma, enquanto outras não conseguem passar do verbo To Be. Para estas, é melhor procurar outras especialidades.

+ Confira: Cursos de Idiomas Grátis

A maior parte das empresas valoriza a fluência em inglês, que pode ser utilizado em negociações comerciais no mundo todo. A preferência pelo domínio de uma segunda língua recai quase sempre sobre o espanhol, falado na maior parte da América Latina, México e, claro, Espanha. Em seguida, alemão, francês e italiano, para a interlocução com os grandes parceiros comerciais brasileiros na União Europeia.

Idiomas específicos, como japonês e chinês (mandarim), são úteis para a seleção em empresas específicas. Petrobras, Vale e Embraer apresentam grande volume de negócios com a China. Vale lembrar que citar “mandarim básico” no currículo afeta pouco ou nada o interesse do contratante.

Por falar em “básico”, no caso do chinês, isto significa o domínio de ao menos dois mil ideogramas (num universo de 80 mil). Isto exige ao menos dois anos de estudos intensivos. Especialistas afirmam que a fluência no idioma ocupa não menos de seis anos, com a necessidade de permanecer um período na China. Assim, é preciso verificar se existe disponibilidade para o aprendizado.

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *