O anestesista é responsável pela vida dos pacientes antes, durante e depois da cirurgia. E precisa fazer faculdade de Medicina.
Anestesiologia é a especialidade médica que proporciona o alívio ou ausência de dor e de outras sensações aos pacientes que necessitam de procedimentos como cirurgias e exames de diagnóstico.
Um anestesista atua não apenas no período operatório, mas também no atendimento ambulatorial de emergência, nos serviços de recuperação pós-anestésica e nas unidades de terapia intensiva. Para isto, é necessário fazer a faculdade de Medicina e cumprir dois ou três anos de residência médica.
Atualmente, em função da ampliação das atividades nos cuidados com pacientes, o anestesista se enquadra na especialidade da Medicina perioperatória, que trata da avaliação pré-operatória, da administração da anestesia propriamente dita, da recuperação pós-anestésica e do tratamento da dor aguda que ocorre depois das cirurgias.
Formação de Anestesista
Estudar os fármacos não é suficiente para se tornar um anestesista. Entre outros temas, neurologia, obstetrícia, pneumologia e cardiologia são conhecimentos fundamentais para quem quer se desenvolver na especialidade.
Um anestesista participa de partos, atende crianças e idosos, acidentados e todos os pacientes que necessitam de uma cirurgia ou de cuidados intensos, para eliminar ou reduzir as dores. Isto determina a formação generalista deste especialista. Quem não gosta de estudar certamente não se dá bem nesta área da Medicina.
Como atuar como anestesista?
A certificação de uma anestesista depende de seis anos da faculdade de Medicina e dois ou três anos em residência ou centro de especialização, dependendo da universidade. No Brasil, há 166 cursos de Medicina – o país só perde para a Índia no total de bacharelados.
A partir de 2001, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), registrou um salto de médicos, de 2.100 para 3.000 a cada ano. No Estado, foram criados 31 novos cursos (oito na capital). No entanto, apenas 61% fazem a residência médica. O percentual sobe para 64% da média do país.
O restante dos médicos atua sem especialização. Mesmo quando se apresentam como clínicos gerais ou médicos da família. A residência, instituída no país em 1977, não é obrigatória. Mesmo assim, é o melhor caminho para a especialização – e é muito concorrida. Para citar um exemplo, em 2007, a especialização em clínica médica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), recebeu 229 inscrições para apenas 19 vagas.
Trabalho de Anestesista
Depois da graduação em Medicina e dos anos de especialização, um anestesista deve ainda passar por avaliação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e dos conselhos Federal e Regional de Medicina, que conferem o título de especialista.
+ Leia: Quanto ganha um anestesista?
Para se manter atualizado, o médico anestesista precisa participar de cursos, eventos e congressos promovidos por universidades, hospitais e sociedades de anestesiologia.
O salário e as condições de trabalho variam bastante. Em geral, os hospitais públicos oferecem melhores salários iniciais, mas não possuem planos de carreira, e isto provoca uma estagnação na carreira. As instituições privadas garantem melhores condições de trabalho. Quase sempre, os novatos precisam trabalhar em mais de um emprego para garantir um padrão de renda digno.