Quando se fala em educação, logo vem à mente a aquisição da leitura, aprendizado fundamental para o estudo de qualquer outra área do conhecimento humano. Não se trata apenas da apreensão do código linguístico: a educadora brasileira Telma Weiss ensina que a criança aprende a ler quando se torna capaz de responder a duas perguntas: “O que a escrita representa?” e: “De que forma a escrita representa a fala?”. Para esta pedagoga, o mais importante é chegar à resposta da primeira questão, salto conceitual que permite o processo de alfabetização. Estudantes de pedagogia devem ler alguns clássicos para conhecer as diferentes metodologias que norteiam o processo de ensino-aprendizado.
Livros de Pedagogia
Até o século XIX, as crianças eram tratadas como adultos mirins. Desconhecia-se a importância do aspecto lúdico na educação para a aquisição das várias competências necessárias à aquisição do conhecimento. Em 1896, nasceu Jean Piaget, educador suíço que, em 1919, publicou seus primeiros artigos e livros de pedagogia infantil. Piaget é uma grande referência para a educação: escreveu mais de 50 livros, entre eles “Fazer e Compreender” e “Epistemologia Genética”, em que apresenta a teoria dos saltos conceituais, segundo a qual a criança observa seu ambiente e interage com outras pessoas – colegas, parentes, professores – para construir seus próprios esquemas de aprendizado. Exemplos destes saltos são aprender a andar, a aquisição da fala e a alfabetização, que são processos individuais.
A leitura de Piaget não é nada amena. Seus textos são áridos, mas fundamentais para quem quer atuar na área de educação. Além disto, ele lançou as bases do Construtivismo, escola de pensamento que norteia as atividades de diversas escolas públicas e privadas. No Brasil, o Construtivismo foi introduzido pela gaúcha Esther Pillar Grossi, que em 1970 fundou com outros professores o GEEMPA – Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação. Os livros da educadora, como “A Coragem de Mudar em Educação” e “Os Ciclos Escolares”, também devem ser estudados, já que Grossi aproxima a teoria da prática.
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O trabalho de Grossi está vinculado aos estudos da linguista Emilia Ferrero, que, junto com a também argentina Anna Teberosky, traçou as bases do Construtivismo em sala de aula. A leitura de “A Psicogênese da Língua Escrita”, que mostra a forma de aprendizado da criança, é mais uma leitura obrigatória.
Nos anos 1980, no Estado de São Paulo, o governo desenvolveu o Projeto Ipê, pra capacitar os docentes da rede pública, com material teórico e sugestões de atividades práticas para serem desenvolvidas com as crianças. Boa parte deste material está disponível na internet e merece ser consultado. Basta pesquisar “projeto+ipê+alfabetização”.
Por fim, um brasileiro que desenvolveu um método para a alfabetização de jovens e adultos: o pernambucano Paulo Freire, que adaptou a teoria da significância para o público adulto. Da mesma forma que Piaget afirmava ser necessário que os textos tivessem significado para as crianças (ao invés de tentar ensinar o “B” com frases como “o boi baba”, totalmente desinteressante para crianças que vivem no meio urbano), Freire, patrono da educação brasileira, ensinou que palavras como “tijolo” ou “agulha” são dotadas de realidade para pedreiros e costureiras, por exemplo. “A Pedagogia do Oprimido” é um livro imprescindível para quem quer se tornar um educador crítico e eficiente.