Com a caderneta de poupança em baixa, os investidores estão migrando. Mas qual a melhor opção? CDB ou títulos públicos?
Em primeiro lugar, é preciso entender o que são estas duas aplicações, CDB e títulos públicos, algumas das opções mais procuradas para garantir que a inflação não prejudique os investimentos – ou, se o fizer, que os prejuízos sejam mínimos. Ambos são títulos pós-fixados, ou seja, a correção depende do comportamento dos índices de correção.
CDB ou Títulos Públicos: Qual a melhor opção?
O CDB – Certificado de Depósito Bancário – é um título de dívida emitido pelas instituições bancárias, que pode estar atrelado a diversos indexadores, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), mas o mais comum é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), cuja carência para resgate é de apenas um dia.
Em outras palavras, o CDB é um empréstimo que o cliente faz para o banco, com prazo determinado para devolução. A rentabilidade da aplicação varia em função de duas características principais: quando o sistema financeiro precisa captar muito dinheiro para obter o spread bancário (diferença entre o que se recebe e o que se paga), as taxas do CDB sobem. Quando o sistema está líquido, ou seja, com capital em caixa, o investimento é menos atraente.
A segunda característica é o porte da instituição: quanto menor o volume de depósitos em determinado banco, maiores serão as taxas oferecidas, para atrair aplicações. O problema, aqui, é que o risco de default (o não pagamento aos investidores) dos bancos pequenos e com pouco capital é mais alto. Dificilmente instituições como Bradesco, Itaú e Santander terão problemas de solvência, mas diversos bancos menores foram liquidados em função do não cumprimento de obrigações.
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Seja como for, de acordo com o “princípio da dominância”, investir em CDB não é uma boa opção. Esta regra da economia afirma que quanto maior o risco, maior deve ser o retorno financeiro, e vice-versa. Grandes bancos pagam pouco, enquanto os pequenos oferecem taxas maiores, mas com o consequente risco de calote.
Tesouro Direto (títulos públicos)
Já os títulos públicos oferecem taxas melhores. O Tesouro Nacional acumula reservas de 300 bilhões de dólares, a economia brasileira não apresenta turbulências e vem apresentando resultados timidamente positivos nesta época de crise internacional. O sistema financeiro é estável e, portanto, o menor risco de quebra é o do próprio Tesouro, ao contrário do que acontece com alguns países da Europa.
O funcionamento é o mesmo: o aplicador adquire títulos públicos, que são resgatados posteriormente corrigidos por um índice. As Letras Financeiras do Tesouro (LFT) são indexadas à taxa SELIC, a taxa básica de juros da economia (que é a base para o cálculo do CDI), atualmente em 8%. Assim, o rendimento da LFT será igual ao da taxa SELIC.
Desta forma, nenhum CDB que pague menos que 100% do CDI vale a pena, pois esta variação está garantida com os títulos públicos. Quando um CDB paga mais de 100%, é preciso avaliar os riscos.
Sobre os dois investimentos incidem tributos, que variam de 22,5% (para resgates em até seis meses) a 15% (após dois anos). É preciso avaliar caso a caso se o retorno financeiro é interessante.
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