Caros e pouco lucrativos, os planos de previdência privada estão entre os piores investimentos do país.

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Planos de previdência privada, em tese, são uma poupança programada para complementar os rendimentos no longo prazo, especialmente quando a pessoa se aposenta e passa a receber um benefício menor do que o salário. E o valor deste benefício se torna menor a cada ano; os reajustes anuais só ficam acima da inflação para quem ganha um salário mínimo mensal.

Os bancos e seguradoras investem muito na propaganda. As equipes das agências precisam cumprir cotas em diversos serviços, como captação de depósitos, vendas de apólices e de cartões de crédito, planos de previdência privada, etc. Por isto, os clientes costumam ver estes planos como atraentes e uma boa maneira de planejar o futuro, principalmente depois que as cadernetas de poupança tiveram a correção alterada (para baixo).

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Previdência privada

Planos de previdência privada valem a pena?

Em primeiro lugar, existem as taxas. A taxa de carregamento é o percentual do depósito que não será corrigido. Num plano em que sejam investidos mil reais e esta taxa for de 1%, apenas R$ 990 serão reajustados. Os R$ 10 restantes representam o custo inicial da administradora.

A taxa de administração é um percentual sobre o total dos depósitos, que é cobrado independentemente da rentabilidade. Estas duas taxas variam entre 1% e 5%, de acordo com a instituição bancária. Por isto, quem de decide por um plano de previdência privada deve pesquisar as melhores condições antes de fazer o investimento.

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Existem dois tipos de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) permite o resgate do valor em 60 dias, oferece a opção de aumentar os aportes em meses com maior disponibilidade financeira (recebimento de uma gratificação ou do 3º salário, por exemplo) e, com este plano, podem ser abatidos até 12% da renda anual bruta na declaração do Imposto de Renda. Por outro lado, não há garantia de rentabilidade (que pode inclusive ser negativa).

O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é mais indicado para quem não tem renda tributável (atualmente, até R$ 1.637,11 mensais), porque ele não é dedutível do Imposto de Renda, apesar de incidir taxação sobre os ganhos de capital. Também não há garantia de rentabilidade mínima.

O investidor, além de escolher o tipo de plano de previdência privada, também precisa optar pelo modo de taxação: a tabela tradicional progressiva (que varia entre 15% e 27,5% do salário bruto) ou a tabela regressiva, com alíquotas entre 35% (para saques nos dois primeiros anos do investimento) e 10% (para investidores que mantenham os depósitos durantes dez anos ou mais). Feitas estas opções, não é possível alterar o plano.

Por lei, os administradores dos planos de previdência privada devem investir 51% do total de depósitos em renda fixa. No entanto, o investimento escolhido pode ficar abaixo da inflação, reduzindo o patrimônio. O ideal, portanto, é contratar uma corretora de valores – sempre verificando as taxas de administração mais atraentes – e alterar as aplicações de acordo com o humor do mercado. É mais trabalhoso, mas bem mais rentável.

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