O mercado imobiliário aquecido e a ampliação dos núcleos urbanos garante o emprego de arquitetos e urbanistas.
O curso de Arquitetura e Urbanismo é uma boa opção para quem gosta de humanidades e ciências exatas. Trata-se de um curso superior clássico: foi instituído no Brasil em 1826 e, desvinculada das engenharias e belas artes, em 1939. O desenvolvimento urbano acelerado e a valorização de áreas em torno das construções para os próximos eventos internacionais que o país sediará nos próximos anos garante o crescimento do mercado de trabalho.
Tudo sobre Arquitetura e Urbanismo
O bacharel em Arquitetura e Urbanismo tem sua imagem vinculada às edificações, mas também pode atuar com paisagismo, cenografia, preservação do patrimônio histórico e cultural, design gráfico e criação de móveis e utensílios. Projetar e organizar espaços internos e externos faz parte do dia a dia de arquitetos e urbanistas.
O vestibular para Arquitetura e Urbanismo é diferente dos demais: além de pesos altos para as provas de matemática e física, bons conhecimentos de língua portuguesa e história também são exigidos e quase todos os processos seletivos incluem uma avaliação extra, a de linguagem arquitetônica. Quem pretende estudar numa FAU precisa se preparar para esta prova, que geralmente tem caráter eliminatório.
Todos os anos, formam-se 6.500 arquitetos no Brasil, 30% deles no Estado de São Paulo, de acordo com o sindicato da categoria. Nos últimos semestres do curso, o estágio supervisionado é obrigatório, o que permite aos estudantes conhecer o mercado de trabalho. Praticamente todos os formandos já estão contratados por órgãos públicos e privados: a expansão demográfica oferece muitas oportunidades para arquitetos e urbanistas, já que o crescimento urbano não depende apenas da construção de casas e prédios residenciais, mas também do mobiliário para garantir o atendimento à população: organização viária, postos de saúde, creches, escolas, praças e locais de lazer. O planejamento de novos bairros e a sua interligação com a cidade é a tarefa primordial do urbanista.
Arquitetos e engenheiros
Principalmente na área da construção civil, arquitetos e engenheiros vivem em “clima de guerra”. É uma rivalidade histórica: enquanto os arquitetos concebem o projeto, os engenheiros têm a função de transformá-los em realidade. Uma resolução do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, os dois profissionais podem ser responsáveis pela execução de uma obra, mas as formações são diferentes: o currículo de Engenharia é mais técnico, enquanto o de Arquitetura tem um conteúdo mais humanístico, ao lado de disciplinas como Sistemas estruturais (hidráulico e elétrico) e Resistência de Materiais. Para os engenheiros, está reservado o cálculo estrutural.
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Encontra-se em estudo a criação de um conselho específico para arquitetos e urbanistas, que pretende garantir a exclusividade na responsabilidade pela criação e desenvolvimento dos projetos arquitetônicos, funções atualmente partilhadas como os engenheiros civis.