Todos os anos, quando o Natal se aproxima, empresas varejistas anunciam vagas temporárias, em função do aumento do número de clientes. No calendário do comércio, basta passar o Dia das Crianças e quase todas as empresas começam a se preparar para as festas de fim de ano. Estudos de federações do comércio indicam que um terço das lojas contratam pessoal para suprir o aquecimento da demanda, que aumenta bastante a partir de 30 de novembro, quando os empregadores devem pagar a primeira parcela do 13º salário (ou abono, no caso de servidores públicos).
Em geral, as lojas não pedem experiência anterior, mas mesmo quando os anúncios colocam como pré-requisito seis meses de vivência em vendas, os candidatos podem apresentar-se tranquilamente: praticamente todos são selecionados. A pressão sobre os temporários não é tão grande: como não há tempo para um treinamento efetivo, as metas para os novatos (quando existem) são inferiores às determinadas para os funcionários mais antigos.
Empregos Temporários para o Final de Ano
De qualquer forma, para quem está pensando em obter uma vaga de emprego no final do ano, é importante se qualificar: existem muitos cursos, inclusive gratuitos, sobre técnicas de vendas, atendimento ao consumidor e até empreendedorismo em vendas, que pode transformar o vendedor em comerciante. Vários destes cursos são oferecidos online e podem ser realizados em qualquer hora e local.
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No entanto, é preciso que os novos comerciários estejam bem preparados: as lojas permanecem abertas a partir do primeiro fim de semana de dezembro e só fecham na véspera do Natal. Vendedores, caixas, estoquistas e repositores temporários devem ter em mente que vão passar 20, 25 dias, sem qualquer folga. Além disso, muitas empresas, especialmente as instaladas em shopping centers, funcionam 48 ou 72 horas nos dias que antecedem a famosa ceia, para atender os clientes de última hora, e os funcionários devem se contentar com uma soneca no estoque para repor as energias.
O mercado varejista também contrata, em menor proporção, nos açougues, mercados, frigoríficos e abatedouros, mas nestes casos a experiência é fundamental.
Vagas e oportunidades de emprego para todos
As vagas disponibilizadas no comércio são preenchidas tanto por desempregados em busca de uma recolocação, quanto por estudantes que querem fazer uma poupança para reforçar o orçamento para as férias de janeiro. Além disto, a indústria também contrata. Neste ano, a Associação Brasileira de Serviços Terceirizáveis e de Emprego Temporário calcula que serão criadas entre 130 mil e 155 mil vagas no país, um quarto delas nas indústrias. O número leva em conta o aumento da oferta de crédito e a redução das taxas de juros.
As vagas se concentram principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país, mas estão disponíveis em todos os Estados. Sergipe, por exemplo, deve ter um crescimento de 10% na contratação de temporários em relação a 2011. A previsão é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju.
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Especialistas calculam que entre 15% e 25% dos empregados temporários contratados nesta época são efetivados após as festas e aconselham os que pretendem manter a função a procurar as vagas diretamente nas empresas, e não nas agências de emprego (com exceção das mantidas por Estados e prefeituras): o contrato de trabalho de um temporário exige as mesmas determinações legais de um empregado fixo (férias, FGTS, 13º salário, etc.). As agências já incluem estes custos nos contratos que celebram com as empresas, enquanto uma loja ou indústria, por falta de planejamento estratégico, normalmente negligencia estas obrigações e descobre tardiamente que os custos de demissão podem ser nada atraentes.
Dicas para garantir a vaga de emprego no final de ano
É preciso dedicação, esforço, assiduidade, bom relacionamento interpessoal e, não importa o cansaço, demonstrar interesse e satisfação no momento de atender o cliente. Com estas características, mesmo que a efetivação não ocorra imediatamente, o temporário certamente será lembrado quando surgir uma vaga.
Com o aquecimento da economia, o número de contratados temporários deve apresentar uma redução nos próximos anos: a regularidade das vendas determina a manutenção de um número maior de efetivos durante todo o ano. Portanto, as probabilidades de arranjar um emprego temporário tendem a se reduzir.
De qualquer forma, o temporário deve estar preparado psicologicamente para a dispensa. Nos primeiros meses do ano, os lojistas apresentam faturamento baixo, pelas despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, além dos eventuais excessos no final do ano. Por isso, recomendamos a leitura do artigo: Emprego Temporário – Como Ser Efetivado.