Apesar de o número de brasileiros com nível superior completo ser baixo, apenas 7,9% da população, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o total de matrículas em instituições de nível superior vem aumentando ano a ano. Mas será que vale a pena fazer faculdade? Saiba que existem 70% mais graduados, licenciados e tecnólogos hoje do que em 2000.
O aumento da oferta de vagas nas universidades federais e nas faculdades estaduais de tecnologia explica esta alteração, e isto tem reflexos imediatos no mercado de trabalho: há 35 anos, exigia-se o nível fundamental para candidatos a carreiras iniciais, como auxiliar de escritório e recepcionista; atualmente, dificilmente sem o nível médio consegue o emprego, e as promoções se restringem basicamente aos estudantes de uma faculdade. Se há uma vaga com melhor salário disponível, entre dois empregados de condições semelhantes, um cursando nível superior e outro estagnado, é evidente que será preenchida pelo primeiro.
Vivência universitária
Mas a formação acadêmica afeta positivamente não apenas a carreira profissional, mas também a vida pessoal do estudante. O dia a dia da faculdade, o contato com alunos de diferentes regiões, o diálogo mais horizontal com professores e até mesmo as festas e almoços nos famosos bandejões modifica beneficamente a formação humana de cada um.
Ao cursar uma faculdade, dificilmente as atividades se resumem às aulas: pesquisas em bibliotecas e laboratórios, consultas a outros departamentos da universidade e atividades extracurriculares, como jogos, festivais e grupos de teatro ampliam as possibilidades e fornecem instrumentos para lidar com situações inusitadas, além de garantirem um melhor inter-relacionamento.
Alguns especialistas em educação afirmam que a melhor faixa etária para iniciar uma faculdade é o fim da adolescência, justamente quando os alunos estão terminando o ensino médio: é a fase de conquistar autonomia, tornar-se independente, fazer suas próprias escolhas. Por isto, estes especialistas entendem que a educação a distância não é a opção ideal, mas é uma decisão que depende de diversos fatores.
Aprimoramento constante
Com a popularização dos cursos universitários, é preciso mais para se destacar na carreira. Cursos de especialização e pós-graduação qualificam os estudantes, além de possibilitarem o desenvolvimento de uma carreira acadêmica.
Outro fato importante é o prazer de aprender cada vez mais, familiarizando-se com novas tecnologias e produzindo conhecimento científico, que é uma das funções primordiais das universidades. A carreira acadêmica pode ser seguida juntamente com a profissão escolhida e certamente “turbina” o curriculum vitae de qualquer pessoa. Para tanto, é preciso estar bem seguro no momento de escolher o curso superior.
Um benefício acessório de quem continua estudando depois da graduação é o exemplo constante que dá para a família, especialmente para os mais jovens, da importância da educação formal para a formação integral das pessoas.
Vantagens e Benefícios de se Fazer uma Faculdade
A Escolha da Faculdade
Independente da vocação, é importante pensar que a boa formação e o destaque profissional só serão obtidos com a escolha de um centro de excelência: em geral, as universidades públicas e alguns poucos institutos particulares, especialmente nas grandes cidades do país.
O Ministério da Educação avalia anualmente quase todos os cursos de nível superior do país, mas, apesar de diversos obterem a nota máxima, os alunos que os cursam são preteridos no momento de obter um emprego, se estiverem disputando com candidatos da USP, de uma FATEC ou de uma Universidade Federal.
Por isto, é fundamental preparar-se bem para o ENEM e os vestibulares; muitos cursos universitários só servem para que os alunos prestem concurso público e, mesmo assim, depois de gastarem horas estudando em apostilas ou institutos especializados. Haja vista a discrepância entre o número de bacharéis em direito que prestam anualmente o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e os que são autorizados a exercer a advocacia: no último exame, menos de 15% dos candidatos foram aprovados.
Antes de optar por um instituto de nível superior, vale a pena consultar a avaliação do MEC, conversar com alunos e recém-formados para obter informações, verificar no site da faculdade a qualificação do corpo docente (especialmente a proporção de mestres e doutores entre os professores) e as disciplinas oferecidas. O Ministério da Educação exige um currículo mínimo para cada curso universitário, mas as faculdades podem oferecer disciplinas eletivas, que enriquecem a formação; em alguns casos, é possível personalizar o curso, especialmente nos últimos semestres.
Gostaria de saber onde fica esta faculdade.