Quem tem problemas com contas em atraso pode se complicar ainda mais com a crise econômica.

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A crise econômica é um fato. Inflação em alta, crescimento negativo do PIB (Produto Interno Bruto) nos dois primeiros trimestres do ano – o que caracteriza a recessão – e desemprego em 7% da população são as principais causas da inadimplência. Os brasileiros estão acumulando contas em atraso.

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Contas em Atraso

De acordo com a SERASA Experian, empresa certificadora para o crédito no Brasil, mais de 56 milhões de brasileiros estão inadimplentes, ou seja, estão com contas em atraso. A pesquisa mostrou também que os consumidores já sentem os reflexos da crise: as compras de itens básicos de consumo em supermercados caíram 7% no primeiro semestre de 2015.

Quem tem contas em atraso, porém, precisa regularizar a situação o quanto antes. Mesmo que não esteja previsto em contrato, bancos e financeiras cobram 1% a título de juros de mora. Alguns contratos preveem juros de 2%, mesmo percentual da multa que incide sobre o montante da dívida.

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Com os salários em queda, o desemprego e a retração do consumo, é necessário identificar o foco principal do comprometimento dos rendimentos mensais. A inflação, que eleva o custo de vida, a redução da renda e o descontrole dos gastos são os principais motivos para acumular contas em atraso.

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O cartão de crédito é um grande vilão. A facilidade para fazer compras com o “dinheiro de plástico” induz o consumidor a gastar mais do que o necessário. Apesar de ser mais seguro, ágil e cômodo, quem não consegue se controlar deve ir ao supermercado ou ao shopping center com dinheiro vivo – o cartão precisa ficar em uma gaveta, para evitar o desperdício. Outra opção é utilizar um cartão pré-pago, oferecido pela maioria das operadoras de crédito do país.

Se eu fosse você, leria: Como Juntar Dinheiro de Forma Rápida

É necessário fugir do crédito rotativo: a fatura deve ser paga integralmente. A taxa média de juros para quem efetua apenas o pagamento mínimo do cartão de crédito é de 10% ao mês. Os valores acumulados são considerados como financiamento.

Para minimizar (ou, de preferência, eliminar) o problema das contas em atraso, verifique junto ao banco outras opções de financiamento, como o crédito direto ao consumidor (CDC). Os juros médios são de 5% ao mês. É possível também antecipar o pagamento do 13º salário e a restituição do Imposto de Renda retido na fonte (IRRF).

As famílias precisam organizar uma planilha com rendimentos e despesas. Assim, fica mais fácil identificar os supérfluos e retirá-los da lista de consumo. As contas básicas – energia, água, gás e telefone – também podem ser racionalizadas com atitudes simples, como reduzir o tempo de banho, apagar as luzes de ambientes vazios e fazer chamadas telefônicas curtas.

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Rendimentos

Muitos brasileiros acumulam contas em atraso por identificarem, nos limites do cartão de crédito e do cheque especial, um acréscimo de renda. Estes limites só devem ser utilizados em situações de emergência e pagos no menor prazo possível.

Por mais incrível que possa parecer, uma pesquisa do SPC Brasil, realizada ano passado, indica que 42% da população não sabem dizer exatamente qual é a renda doméstica. Esta, no entanto, é uma conta simples: basta somar os salários líquidos (já descontados os percentuais de IRRF, INSS e outros custos previstos no contracheque, como um plano de saúde, por exemplo).

Os trabalhadores autônomos precisam de mais tempo para organizar o orçamento. Durante seis meses, é necessário anotar todos os recebimentos, para identificar a renda média mensal. Isto ocorre porque, em muitas profissões, os rendimentos podem ser menores em períodos de férias escolares, em determinada estação do ano, etc.acertar as contas na crise

Despesas

Verifique as tarifas que você está pagando. São taxas bancárias, seguros, prestações de imóveis, TV a cabo, planos de celular e telefone fixo, juros de empréstimos e outros. Bancos, financeiras e operadoras de telefonia estão sempre competindo para atrair novos clientes. Nesta saudável “briga” capitalista, algumas empresas podem oferecer planos mais baratos.

De acordo com a legislação brasileira, é possível migrar para outros planos sem perder carências (no caso de seguros de vida, automóveis, saúde e previdência), sem trocar os números (planos de telefonia). Muitos reais podem ser poupados desta forma.

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Na medida do possível, é preciso reservar parte dos rendimentos para formar um fundo de reserva. A caderneta de poupança não é uma boa opção no momento, mas pode ser substituída, por pequenos investidores, por certificados de depósito bancário (CDB).

+ Leia: CDB é Melhor que Poupança? Quanto Rende, veja a Comparação

É melhor ter valores investidos do que ter de recorrer a empréstimos. Além disto, as aplicações financeiras, no médio e no longo prazo, podem servir para outros fins, como a compra da casa própria ou uma viagem, por exemplo.

Esse artigo faz parte da sessão “Educação Financeira“, recomendamos que visite para aprender a cuidar do seu dinheiro :)

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