É preciso pesar os dois fatores, mas gostar do que se faz quase sempre garante mais sucesso e dinheiro.
Um estudante que se decide por um curso técnico ou uma faculdade geralmente faz esta opção entre os 14 e os 18 anos. É cedo demais para escolher a profissão que será exercida pelos próximos 30 ou 40 anos, ocupando mais da metade do tempo que passamos acordados. Se der dinheiro, é bem melhor.
Escolher profissão por afinidade ou dinheiro?
No entanto, não adianta optar por Engenharia ou Medicina, pensando apenas nos salários. É preciso identificar as vocações e competências.
Precisamos pagar as contas, compras mantimentos, roupas, remédios, etc., viajar, ir ao teatro e ao cinema, pagar as futuras mensalidades escolares dos filhos e muito mais. A lista de despesas é longa. Para satisfazer isto, precisamos de dinheiro e, com crise econômica ou sem ela, normalmente precisamos de muito dinheiro.
No entanto, é muito difícil obter sucesso sem gostar da profissão. Um dentista que gostaria de ser artista plástico e um advogado com tendência para ser ator dificilmente obterão êxito nas suas carreiras. Nestes dois exemplos, além de, na melhor das hipóteses, adquirirem um cotidiano entediante em suas carreiras, serão apenas trabalhadores medíocres.
Como escolher a profissão certa sem pressão dos pais?
Muitos pais sonham que seus filhos sigam seus exemplos: filho de engenheiro é engenheiro; filho de economista é economista. Isto é um grave erro: apesar da herança genética, os filhos são influenciados pelo ambiente, novas profissões surgem com o avanço da sociedade e dificilmente as crianças são meras cópias dos genitores.
Outros desejam que os filhos se tornem atores, modelos, jogadores de futebol. No entanto, é necessário avaliar as qualificações e dons dos estudantes. Pensando no futebol, considerando apenas as séries A e B do Campeonato Brasileiro, são 40 times – talvez mil atletas. Destes, a maioria ganha pouco mais de um salário mínimo por mês.
Poucos atores e modelos atingem sucesso suficiente para ganhar bem, As carreiras flutuam demais – em um dia, conquistam a glória e, no dia seguinte, são condenados ao ostracismo. O glamour também é um falso atrativo: atores passam a maior parte do tempo ensaiando, e não sob a luz dos holofotes (e a maioria dos atores brasileiros trabalha em anúncios publicitários).
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Poucas meninas se torna top models, a carreira é curta e aquelas fotos de biquíni em praias paradisíacas são feitas em dias enregelantes do inverno: a ideia é vender o produto na estação seguinte. Além disto, estas jovens ficam sujeitas a dietas e exercícios que podem inclusive prejudicar a saúde.
Outra questão a ser avaliada é a vocação: um artesão não vai ganhar muito dinheiro em uma profissão que exija cálculos; um adolescente extrovertido não irá se dar bem em um laboratório ou no desenvolvimento de sistemas de informação.
Alguns jovens entendem que não precisam de luxo, apenas de conforto para desempenhar as suas atividades profissionais. Eles não precisam de muito dinheiro e, desta forma, podem ser felizes em tarefas mal remuneradas, como o magistério. Outros foram criados com muitas mordomias: roupas de grife, celulares de última geração, etc. Não há nada de errado em nenhum deles, é apenas uma questão de personalidades diferentes.
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O importante é identificar as áreas em que apresentam os melhores desempenhos. Uma dica é verificar as notas obtidas nas disciplinas da escola. Desta forma, é possível escolher uma profissão que dê dinheiro ou satisfação pessoal. Mesmo assim, isto não é garantia de nada: a vida é cheia de surpresas.