Não basta só o diploma: a escolha da carreira pode determinar os melhores e piores salários.
Profissionais de nível superior podem ganhar até 50% a mais do que os não formados. No entanto, se o objetivo principal é o salário (aliado a boas condições de trabalho), é preciso cuidado na hora de escolher a carreira.
Os Melhores Salários
Além das profissões tradicionais, como Medicina, Advocacia, Engenharia (especialmente Civil, Mecânica e Elétrica), Administração e Direito, cursos de tecnologia também facilitam o acesso aos melhores salários. Os mais procurados pelo mercado de trabalho são os graduados em Tecnologia da Informação, Marketing, Logística, Petróleo e Gás, Mineração e Administração Financeira e Contábil.
Com a aprovação do Projeto de Lei 4.924/2009, ainda sendo discutido no Congresso Nacional, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais deverão entrar para o rol dos mais bem pagos. A proposta prevê também a redução da jornada de trabalho para seis horas diárias. O PL, no entanto, ainda se arrasta pelas comissões da Câmara dos Deputados, antes de seguir para a votação em plenário. Caso seja finalmente aprovado, deverá ser avaliado pelo Senado.
Os Piores Salários
Por outro lado, os formados na área de educação (Letras, Pedagogia e licenciaturas) estão entre os mais mal pagos logo após a conclusão da graduação. Engrossam a relação dos profissionais de nível salarial com os piores salários os graduados em outras áreas das humanidades, como Serviço Social, Sociologia e Antropologia.
Os piores salários, segundo consultorias de recursos humanos, são os pagos a estudantes que escolheram cursar carreiras de Artes (Teatro, Artes Plásticas, etc.). A média salarial inicial, de acordo com o site de empregos Adzuna (pesquisa realizada durante o primeiro trimestre de 2014), é de apenas R$ 800 mensais.
Mercado de Trabalho
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Certamente, a escolha do curso a ser enfrentado durante quatro ou cinco anos não é o único fator que determina os futuros melhores e piores salários: cursos de especialização, domínio de idiomas, dedicação e principalmente gostar do que faz (e saber o que está fazendo) determinam o sucesso profissional: “engenho e arte” são fundamentais no desenvolvimento de uma carreira.
Outro ponto a ser considerado é a escolha da instituição de ensino. Nos últimos 12 anos, o Ministério da Educação autorizou a instalação de centenas de cursos de nível superior, nem sempre com o zelo necessário para garantir a oferta de ensino de qualidade.
Especialmente na área de humanas, que exige menos equipamentos, muitas faculdades não formam (nem informam) seus alunos de maneira adequada. O resultado é que os egressos destes “barracões” não encontram bons empregos depois que se formam e precisarão retornar aos bancos de escolas, mesmo para prestar um concurso público, que oferece bons salários iniciais (mas planos de carreira que deixam a desejar, especialmente no quesito ascensão profissional).
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