Para trabalhar embarcado, é preciso ter o ensino médio e fazer um curso de nível técnico.
São várias as opções para quem quer trabalhar embarcado. É possível atuar em plataformas de exploração de petróleo ou em estações de observação e preservação ambiental. É possível iniciar a carreira como assistente de subsea, atuando com BOP, equipamento que isola o ambiente marinho do poço de exploração, técnico em segurança (controla todas as operações e avalia eventuais riscos), eletrônica (cuida também das telecomunicações), mecânica (mantém a ordem na sala de máquinas e na parte mecânica das plataformas) e eletricista (conserva e repara toda a parte elétrica).
Profissionais mais experientes podem operar um ROV (Remotely Operated Underwater Vehicle, ou veículo submarino operado à distância), destinado a atividades em águas profundas. O ROV executa funções muito importantes, especialmente na prospecção do petróleo da camada pré-sal, por exemplo, em áreas nas quais não é possível chegar com equipamentos de mergulho.
É possível começar a trabalhar embarcado ainda durante o curso, como estagiário, ou logo após a conclusão, como trainee. O maior número de vagas se encontra na extração de petróleo e gás, já que as estações de controle e preservação, no Brasil, ainda são muito poucas, especialmente quando consideramos a extensão do nosso litoral e a diversidade da nossa fauna marinha.
Como Trabalhar Embarcado: Que Curso Fazer?
O curso para trabalhar embarcado é destinado a pessoas com nível médio que procuram uma qualificação profissional. Os salários são bastante atraentes: um assistente ou operador em início de carreira tem salários de R$ 3.000 mensais. Com dez anos de atividades, este valor pode subir para R$ 15.000 ou mais.
O trabalho não se limita ao ingresso na Petrobras. Diversas empresas prestadoras de serviços contratam pessoal para trabalhar embarcado. Transoceans, Brasdrill, Noble e Schahin oferecem seus serviços para a estatal de petróleo e estão sempre contratando. Outras empresas especializadas em robótica submarina também os poucos profissionais especializados disponíveis no mercado brasileiro.
Executivos de Recursos Humanos destas empresas são unânimes em afirmar a falta de qualificação na área de prospecção. Áreas técnicas e tecnológicas são as que mais se ressentem da ausência de profissionais capacitados no mercado.
O que se aprende?
O curso aborda noções sobre petróleo, tipos de sondas de perfuração, tipos de plataformas, organograma de uma plataforma de perfuração, equipamentos de proteção individual e de equipes, cronograma para uma movimentação, acessórios do movimentador, a carga (peso e centro de gravidade), cordas, cabos de aço, laços, cintas, correntes para lingadas (para içamento de cargas pesadas), lingadas combinadas, capacidade de carga de cada tipo de lingada, modos de movimentação, procedimentos de segurança para manter as cargas estáveis e comunicação entre operador e movimentador.
O curso para trabalhar embarcado é completado com aulas sobre sinais visuais, finalização da movimentação, acessórios, noções básicas de amarração, sinalização e movimentação de cargas e segurança no trabalho.
Estes são cursos rápidos. Para trabalhar embarcado, há escolas com cargas horárias de 45 a 60 aulas. O investimento também é baixo: entre R$ 150 e R$ 250. Algumas escolas oferecem a parte teórica online, mas as atividades práticas precisam ser realizadas em plataformas marítimas.