Na verdade, ninguém pode dizer que não gosta de estudar. É como dizer que não gosta de comer ou de respirar.
Pode-se dizer que “eu não gosto de maçã”, ou “eu não gosto de uva”. Mas ninguém diz que não gosta de se alimentar. Vale o mesmo para quem diz: “não gosto de estudar”: a vida é feita de aprendizados e quem não estuda não se desenvolve; simples assim. Mas é preciso descobrir o que aprender.
Muitos estudantes dizem que “história é decoreba” ou “matemática é difícil demais”. Vale o mesmo para todas as demais áreas do conhecimento. Por trás do “não gosto de estudar”, há sempre um desestímulo e a falta de um trabalho para desenvolver as vocações. Ou talvez o método adotado para estudar seja o que está errado.
Faz parte da natureza humana a necessidade de compreensão. Outras espécies, como golfinhos e baleias, também apresentam o mesmo desejo, em níveis diferentes. Uma criança que sai correndo para identificar o passarinho que canta está fazendo ciência: ela ouviu o som, quis descobrir qual ave estava soltando seus trinados e construiu um conhecimento. O grau de importância varia, mas o aprendizado é sempre satisfatório.
Não Gosto de Estudar, o que Fazer?
É melhor pensar no que não fazer. Um fato importante é não deixar de estudar uma disciplina porque não gosta dela. Quem odeia física e adora geografia pode começar estudando a primeira, deixando a atividade mais prazerosa para o final e, assim, obter bons resultados com as duas.
Não é necessário se tornar um especialista em humanas ou exatas, afinal, cada pessoa tem seus próprios talentos e prioridades. Basta lembrar que todo o conteúdo da educação básica é passível de ser compreendido – e a recompensa para isto são notas razoáveis em todas as matérias.
Um caso diferente é o daquele aluno que termina o ensino médio e parte para enfrentar uma verdadeira maratona de vestibulares: de medicina a turismo, de direito a design gráfico, sem se preocupar com o perfil das profissões, a satisfação que pode advir do seu exercício.
Na hora de escolher a carreira, outro erro comum é optar por cursos que qualifiquem para funções que “pagam bem”. Ninguém “ganha bem” fazendo algo de que não goste: um professor pode obter mais destaque profissional do que um médico ou um expert em TI, por exemplo.
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Na hora dos estudos, não se deve deixar dúvidas para trás. O aluno deve procurar as respostas, crivar os professores de perguntas, vale tudo. Nos cursos pré-vestibulares, os plantões tira-dúvidas são boas opções para ao menor ter um panorama geral do tema estudo. Uma dica: anote todas as dúvidas, para não esquecê-las nem deixá-las de lado.
Ninguém se torna um bom aluno se matando estudar. O período máximo de estudos é de quatro horas, além do tempo passado na escola. Se for possível, uma soneca ajuda a restaurar a concentração e melhora o rendimento. Mas não abuse: são apenas 20 minutos de descanso. O sono reparador deve ser deixado para a noite.
É importante criar uma rotina de estudos bem organizada. Antes de começar, reúna tudo de que vai precisar: livros, cadernos, etc. Não se esqueça de nada, para não ter de se levantar para pegar a caneta. Neste meio tempo, a fome aperta, o estudante vai para a geladeira, no caminho passa pelo telefone, lembra-se de um “recado urgente” e o plano vai por água abaixo.
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Estudar em grupo também pode ser uma boa estratégia, desde que o grupo de reúna exatamente para estudar. As distrações devem ser mantidas à distância: tablets e smartphones ficam desligados, redes sociais e games estão completamente fora de questão (não se engane: ninguém estuda e conversa com os colegas ao mesmo tempo).
Pais e mães precisam evitar contato com os filhos nestes momentos: eles são adolescentes, estão aprendendo a cuidar de suas responsabilidades e merecem um voto de confiança, até prova em contrário.
Tomar café, refrigerantes de cola, energéticos e outras bebidas com cafeína só adiam o cansaço. Ele volta mais tarde, com mais peso. Além disto, o organismo se acostuma e deixa de reagir como nas primeiras vezes. Se o corpo está pedindo para fazer uma pausa, esta é a melhor atitude a tomar – sem usar isto como desculpa para não estudar. Alguns minutos relaxando melhoram o desempenho.