Elas são um bom “aditivo” para o currículo, mas bolsas de estudo no exterior dependem de vários pré-requisitos.
Cada vez é maior o número de estudantes brasileiros que decidem complementar seus estudos e instituições de ensino fora do país. Boa parte deles, no entanto, não dispõe de recursos para pagar as mensalidades e o custo da estada e por isto recorrem a bolsas de estudo no exterior.
As “scholarships” (bolsas de estudo) são oferecidas pela maioria de instituições de ensino, tanto no ensino médio (high school), como no superior e ainda nos cursos livres (como os de idiomas, culinária, na área de hospitalidade e gestão, etc.).
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Bolsas de Estudo no Exterior
O importante é pesquisar a qualidade de ensino oferecida e os recursos oferecidos; além das aulas, laboratórios e bibliotecas, muitas escolas oferecem traslado, estadia em alojamentos estudantis, ajuda de custo para atividades culturais e esportivas, enquanto outras bolsas de estudo são apenas parciais (cobrem parte das taxas, apenas as atividades acadêmicas ou determinam o chamado intercâmbio estudantil: o jovem fica hospedado em uma casa de família – por vezes desenvolvendo algumas atividades domésticas, como cuidar das crianças e do jardim, enquanto sua residência no Brasil precisa se comprometer a receber um estudante estrangeiro).
Portanto, antes de planejar a viagem, é preciso organizar um orçamento que se aproxime ao máximo da realidade que será enfrentada nos meses seguintes, para não haver surpresas que onerem a família ou, no pior dos casos, impeçam a continuidade dos estudos.
É importante também dar muita atenção à documentação e aos prazos exigidos para a concessão de bolsas de estudo. As instituições recebem solicitações de estudantes do mundo todo e, por isto, qualquer atraso ou falta dos documentos é motivo para exclusão do processo.
+ Confira:
Pré-requisitos para Estudar Fora do País
Entre os pré-requisitos para a concessão de bolsas de estudo no exterior, o principal deles é a proficiência no idioma no qual o curso é oferecido. Durante o processo seletivo, são aplicados testes escritos e entrevistas e o chamado “idioma básico ou intermediário” é a causa de exclusão do candidato nesta fase de seleção.
Muitas universidades oferecem bolsas de estudo para atletas e artistas (como músicos e bailarinos), mas em geral estes cursos dependem de indicação de um órgão público (ou privado, mas de excelência reconhecida no meio internacional) e o caminho quase sempre é a indicação de um professor ou banca acadêmica.
Seja qual for o curso pretendido, normalmente as escolas estabelecem faixas etárias para a concessão dos benefícios. Para cursos de nível médio e graduação universitária, a maioria das instituições aceita jovens entre 16 e 26 anos, por exemplo.
O principal pré-requisito, no entanto, é interno. O jovem deve realizar uma autocrítica sincera para verificar se está preparado para a autonomia, que sempre acompanha uma viagem no médio ou longo prazo. Em um primeiro momento, pode ser tentador morar sem a tutela da família, mas é preciso não se esquecer de que será necessário cuidar sozinho da própria alimentação, cuidados com as roupas, etc.
Além disto, muitos estudantes não estão preparados para a experiência em outro país. Eles sentem muita saudade, dificuldades em travar novos relacionamentos pessoais, isolam-se ou formam “panelinhas” apenas com outros brasileiros, o que reduz significativamente o aproveitamento.
O que Estudar no Exterior?
Um curso de idiomas, durante o período das férias escolares, é um bom teste para verificar se a personalidade do estudante brasileiro se adapta à realidade de uma bolsa de estudo no exterior. Além disto, estes cursos podem melhorar o nível da língua estrangeira, aumentando as chances de ser selecionado para um curso de longo prazo.
High School
Quem pretende fazer a high school (ou parte dela) no exterior precisa tomar alguns cuidados. São jovens de 16 a 18 anos, imaturos e sem experiência longe de casa e da família. O melhor é optar pelos alojamentos estudantis (já com refeições e algumas atividades de lazer incluídas) e garantir um tempo mínimo para o estudo de algumas disciplinas que serão necessárias no retorno da viagem.
A maioria das escolas brasileiras aplica testes de suficiência para jovens que vieram de escolas estrangeiras. Sem esta aprovação, eles não conseguem receber o certificado de conclusão do nível médio. Por isto, é fundamental continuar estudando a língua portuguesa, além da história e geografia do país.
Ciência sem Fronteiras
Estudantes de graduação e pós-graduação podem participar de processos seletivos diretamente na instituição pretendida, ou inscrever-se em programas governamentais, como é o caso do Ciência sem Fronteiras (www.cienciasemfronteiras.gov.br). O programa dá ênfase principalmente nas áreas de exatas e tecnologia, mas é possível encontrar também vagas em cursos de saúde.